A Câmara Municipal de Sabrosa apresentou, esta sexta-feira, um projeto-piloto de recolha e valorização de biorresíduos. Diz estar comprometida com a "sustentabilidade ambiental, a economia circular e a gestão responsável dos resíduos urbanos".
O vice-presidente da autarquia, Martinho Gonçalves, explicou, ao JN, que o projeto resulta de uma candidatura ao Fundo Ambiental, através da Comunidade Intermunicipal do Douro, e que "o objetivo é tentar desviar para a compostagem os biorresíduos que vão para aterro".
O projeto incide nas vilas de Sabrosa e de São Martinho de Anta, onde existem blocos de apartamentos, bem como em restaurantes, cafés, escolas e instituições particulares de solidariedade social. "Queremos tornar o município mais sustentável, mais amigo do ambiente e cumprir metas nacionais e europeias", frisou Martinho Gonçalves.
No concelho de Sabrosa, a estimativa é a de que "cada pessoa produz, em média, um quilo de biorresíduos por dia, mas mesmo assim é preciso reduzir", nota o vice-presidente da autarquia. Ana Martinho, técnica da área do Ambiente da Câmara de Sabrosa, espera "muito trabalho, porque mudar mentalidades é sempre difícil", mas está "confiante e entusiasmada".
A empresa Dome 360º será a responsável pela campanha de sensibilização que vai ser feita junto da população. O sócio-gerente, Henrique Calado, disse que vai ser explicado às pessoas que "não há um planeta B", pelo que há que "mudar comportamentos e cuidar do que existe".
Segundo a Câmara de Sabrosa, para garantir a sensibilização e o envolvimento da população, a campanha contará com "120 ações de sensibilização porta a porta, junto dos agregados familiares e 20 ações dirigidas a restaurantes, cafés, instituições particulares de solidariedade social e setores com grande produção de biorresíduos".
Estão ainda previstas ações de capacitação nas juntas de freguesia, destinadas à população local, e na comunidade escolar, abrangendo todos os alunos, professores, funcionários e encargados de educação.