Arranca na quinta-feira com casa cheia para António Zambujo. Até sábado, há também Cainã Cavalcante, Israel Fernández e Tomatito no cartaz. O Soul de Inverno está de volta
À quarta edição, o Festival Soul de Inverno começa com boas notícias: o primeiro dia, quinta-feira, que conta com a atuação de António Zambujo, está já esgotado. O evento volta este ano à Casa das Artes de Famalicão, com Israel Fernández, Ricardo Ribeiro, Cainã Cavalcante e Tomatito no cartaz.
Fora da "época alta" dos festivais, aposta na inovação, diversidade e democratização cultural.
Álvaro Santos, diretor da Casa das Artes, explica ao JN que "a ideia era criar esta alma em Famalicão, fora do que é o contexto normal" dos festivais de verão. "Pareceu-nos engraçado fazer algo fora de época; num formato micro, mas, ao mesmo tempo, trazer aqui algum calor, com soul, funk e R&B".
Se essas foram as sonoridades marcantes do primeiro festival, e as que lhe deram nome - em 2022, PJ Morton ou Black Mamba estiveram entre os convidados -, nas edições seguintes a ideia foi extravasar fronteiras, apontando a países da lusofonia, mas sempre "com a intenção de termos artistas diferentes, com sons e cruzamentos diferentes, dos americanos a africanos, brasileiros e portugueses".
Este ano, o Soul de Inverno estreia-se com um nome consensual, António Zambujo, "um músico muito carismático e que surge como uma influência muito grande, mesmo em Portugal, de sonoridades brasileiras, e vice-versa", refere o diretor.
Guitarras e flamenco a fechar
No sábado, assume-se "o risco" de encerrar o festival com música instrumental, primeiro com o brasileiro Cainã Cavalcante, e depois com o guitarrista espanhol de 67 anos Tomatito.
Para Álvaro Santos, "é uma honra vê-lo em Famalicão". Entre a alma brasileira e o flamenco, juntam-se dois nomes virtuosos da guitarra que simbolizam, cada um à sua maneira, a universalidade da música.
Pelo meio, na sexta-feira, a "conversa" de sons e geografias faz-se entre o cantor espanhol da nova geração de flamenco Israel Fernández e o fadista português Ricardo Ribeiro, "que também faz essa síntese de sons e se experimenta um pouco no flamenco", conclui o diretor do Soul de Inverno.