Israel anunciou, esta segunda-feira, que matou o representante local do Hezbollah em Mansouri, no sul do Líbano.
"Ontem [domingo], as tropas atacaram e eliminaram o terrorista do Hezbollah, Muhamad Ali Shuweij, na zona de Mansouri, no sul do Líbano", refere um comunicado divulgado nos canais oficiais do Exército.
A nota do Exército acrescenta que Shuweij era responsável pela comunicação "entre a organização terrorista e os residentes da zona em assuntos financeiros e militares" e que, além disso, "se dedicava à confiscação de bens privados para uso em atividades terroristas".
Os porta-vozes das forças militares israelitas argumentaram que estas atividades constituem uma violação dos acordos entre Israel e o Líbano, pelo que se comprometeram a "continuar a operar para eliminar qualquer ameaça e defender o Estado de Israel".
O cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah estipula a retirada do exército israelita do sul do Líbano, a retirada do movimento armado libanês mais para o norte e a implantação, em seu lugar, das Forças Armadas Libanesas, entre outros pontos.
Apesar de ter entrado em vigor em novembro de 2024, Israel continua a manter posições em várias colinas do sul do Líbano e bombardeia praticamente todos os dias o território libanês.
Nas últimas semanas, esses ataques intensificaram-se, ao mesmo tempo em que o Executivo israelita endureceu o tom contra o grupo xiita, o que poderá resultar num novo cenário de guerra no Líbano, segundo analistas.
No domingo, o Exército israelita admitiu ter aberto fogo contra as tropas da missão de paz da ONU destacadas no sul do Líbano (FINUL) em virtude de as ter confundido, segundo afirmou, "como suspeitas devido às más condições climáticas".