Economia

Das burlas aos falsos descontos: cinco dicas para não ser enganado na Black Friday

Este ano, a Black Friday calha no dia 28 de novembro Foto: Adelino Meireles

As promoções da Black Friday estão de volta e, com elas, os descontos tentadores que nos fazem acreditar que esta é a melhor altura para fazer compras. Mas nem tudo são boas oportunidades e há cuidados a ter na hora de gastar dinheiro. O JN deixa-lhe cinco dicas para não ser enganado nesta Black Friday, dia 28 de novembro.

Se já sabe qual é o produto que pretende adquirir, deve monitorizar o preço com alguma antecedência, porque assim vai perceber se, naquele dia, "os preços anunciados têm, efetivamente, uma promoção real face ao preço que era anteriormente praticado", explica Ana Sofia Ferreira, coordenadora do departamento jurídico e económico da Deco. Subscrever as newsletters das lojas também pode ajudar a acompanhar a evolução dos preços e permite, ainda, perceber se a megapromoção anunciada é exclusiva da Black Friday ou se, na verdade, acontece várias vezes ao longo do ano.

Para garantir que escolhe a melhor oportunidade para si, deve sempre verificar mais do que uma empresa, para poder "comparar preços e começar a fazer esta recolha de preços e verificação antes do momento da compra, e não só no próprio dia ou na véspera".


Com esta pesquisa e cuidado, será um alvo menos vulnerável a possíveis burlas. Segundo a coordenadora, esta é uma altura propícia à criação de contas falsas em redes sociais para publicitar lojas fictícias ou vender produtos contrafeitos e pirateados. "Quando pesquisa por um determinado artigo, nas promoções da Black Friday, às vezes no retorno dessas pesquisas podem aparecer empresas que são criadas para apresentar produtos que não existem", alerta. Se nunca ouviu falar da empresa, se não encontra a morada nem o número de telefone, mas os produtos têm preços imbatíveis, tenha cautela, porque pode estar perante uma burla ou fraude.

Ana Sofia Ferreira aconselha também o consumidor a confirmar sempre que se trata de um verdadeiro desconto. Muitas empresas apresentam comparações de preços e não promoções: "Colocam o produto à venda por um determinado preço, como se fosse um preço promocional, mas é em comparação ao PVPR, o preço de venda ao público de referência." Um valor que pode nunca ter sido praticado pela loja e, portanto, não constitui uma redução de preço, mas sim uma comparação.

Outra dica é garantir que as características do produto correspondem às expectativas, para prevenir futuras reclamações. Muitas vezes, os consumidores "deixam-se levar pelo preço atrativo do artigo" e esquecem-se de confirmar se é, efetivamente, o que precisam. "Não devem deixar de ler as características do produto, principalmente em eletrodomésticos e material informático, para ter a certeza de que aquele produto corresponde às expectativas", recomenda Ana Sofia Ferreira.

Daniela Jogo