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Ministra do Trabalho dá "mais tempo" à UGT para analisar pacote laboral

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

A ministra do Trabalho afirmou, na quarta-feira, que vai dar mais tempo à União Geral de Trabalhadores (UGT) para analisar a nova proposta do Governo de alteração à lei laboral. O secretário-geral da central sindical aplaude a "maior abertura do Executivo", mas entrega hoje o pré-aviso de greve geral para 11 de dezembro, convocada em conjunto com a CGTP.

"A UGT pediu mais tempo para analisar o anteprojeto [de reforma à legislação laboral] e para analisar as propostas de alteração ao mesmo que tínhamos avançado na última reunião", anunciou Rosário Palma Ramalho, em declarações aos jornalistas, após a reunião bilateral com a UGT que aconteceu no dia em que estava inicialmente calendarizada uma reunião da Concertação Social.

Dada a "importância deste dossiê" e pelo facto de esta central sindical ser "um parceiro muito forte", o Executivo "concederá à UGT o tempo suficiente para fazer essa análise", apesar "de o clima ser de aproximação de uma greve". Questionada sobre se será possível chegar a um acordo com a UGT, a ministra do Trabalho não se comprometeu, mas reiterou a abertura para o diálogo.

Por seu turno, o secretário-geral da UGT assegurou que a greve geral é para manter, mas elogiou a "maior abertura" por parte do Governo. "Nós fomos adiantando alguns pontos que nos parecem que para a UGT são fraturantes, e o Governo também pôs os deles", revelou Mário Mourão.

"Tem de haver tempo para esta discussão e o Governo também se dispôs a dar esse tempo", referiu o dirigente, sublinhando que em causa estão "matérias muito sensíveis".

Pormenores

Próxima reunião
O próximo encontro entre a tutela e a UGT ainda não está marcado, sendo que a central ficou de apresentar uma contraproposta.

Concertação Social
Caso a greve geral se mantenha, não será realizada a reunião da Concertação Social prevista para a véspera da paralisação.

Nova proposta
Após o anúncio da greve geral, o Governo entregou à UGT uma nova proposta, com alterações ao anteprojeto enviado em julho.

JN/Agências