Desporto

Talento de Mora aquece a noite tranquila do Dragão

Golo fantástico do jovem atacante deu brilho à vitória no Dragão Foto: Manuel Fernando Araújo/EPA

Portistas qualificam-se na Taça sem forçar o ritmo. Golo fantástico do jovem atacante deu brilho à vitória. Borja e Gul também marcaram.

Sem surpresa, o F. C. Porto não teve de acelerar para seguir em frente na "prova rainha". O Sintrense trouxe a alma do quarto escalão para o grande palco, conseguiu a espaços emperrar a equipa azul e branca, mas a esperada vitória portista consumou-se, num jogo em que a magia dos grandes golos de Mora voltou ao Dragão.

Farioli confirmou a aversão a revoluções loucas no onze portista e, mesmo com um adversário do Campeonato de Portugal, manteve vários titulares de início. Mudanças profundas só na defesa, onde só Francisco Moura repetiu a titularidade do jogo anterior. Como não podia deixar de ser, o F. C. Porto dominou o jogo, teve quase sempre a bola no meio-campo contrário, mas o perigo não foi constante.

Mérito do Sintrense, que cumpriu à risca o plano de fechar todos os espaços possíveis nas redondezas da área, mas também alguma cerimónia dos dragões na hora de criar roturas ou rematar à baliza. Na primeira parte, a maior ameaça ao nulo foi Borja Sainz, que fez o 1-0 aos 25 minutos, num disparo à entrada da área com as medidas adequadas.

Desinspirado na procura do golo, não foi por falta de tentativas que Samu não marcou antes do intervalo. O avançado espanhol já não voltou das cabinas para a segunda parte, substituído por Deniz Gul, que começou por sentir os mesmos problemas para se livrar da marcação, mas viria mesmo a assinar 2-0, surgindo no sítio certo para a recarga a um remate de Alan Varela.

Nessa altura, já Mora espalhava talento pelo relvado, comprovado aos 80 minutos com um golo sensacional, ao estilo dos que marcou na segunda metade da época passada. A passe do regressado De Jong, que voltou a jogar após dois meses e meio de paragem por lesão, o jovem atacante esteve a milímetros de bisar logo a seguir, noutro lance que deliciou as bancadas.

Nuno A. Amaral