Escrever um livro era um dos sonhos do Tiago Teixeira, dos maiores da sua vida, e que concretizou nos últimos dias, em coautoria com Jorge Paulo Pereira, ambos condicionados física e intelectualmente, com uma vontade admirável de dar a conhecer as qualidades e talentos pessoais, repletos de sentido, mas em parte longe do alcance dos olhos dos demais, dos que têm descrédito no coração.
A escola pública contribui com as pedras basilares, que edificam e constroem histórias de vida consolidando e expandindo a proposição dos jovens que pretendem adquirir conhecimentos, saberes e competências, que sentem a escola como uma catapulta capaz de os lançar para voos bem altos, de modo a transformar sonhos em realidades, mais ou menos ambiciosas, todavia, alcançáveis.
Malgrado a ausência das condições essenciais para a realização de uma mais efetiva inclusão, o dia a dia das escolas é delineado, também, por relevantes encantamentos, equacionando o sucesso a proporcionar aos alunos que investem de forma plena em si pelos magníficos profissionais (professores, técnicos superiores e especializados, assistentes técnicos e operacionais, e outros) que tudo fazem para contribuir para a felicidade dos discentes e proporcionar-lhes um futuro risonho.
O Tiago, reconhecidamente, expressa gratidão pela(s) escola(s) que frequentou, e que contribuíram para que desenvolvesse uma elevada capacidade reflexiva e crítica, o exercitaram no debate de temas cívicos, área em que se sente como peixe na água. Dar voz aos alunos é uma das obrigações da escola, seja em contexto formal (aulas, assembleias de alunos...) ou informal (ouvindo os alunos noutros espaços, como por exemplo no recreio).
E esta é a premissa que norteia uma das missões mais nobres da escola pública: dar asas aos alunos para que voem alto! As dimensões da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento servem, em grande parte, para atingir este objetivo, facultando ferramentas e, principalmente, proporcionando ambientes positivos de discussão ativa e estruturante, que as escolas sabem desenvolver magistralmente no âmbito do seu projeto educativo.
A Educação merece, por mérito próprio, que acreditem e apostem nela, devendo auferir tratamento preferencial da parte de quem dirige os destinos do nosso país e do Mundo, capacitando os jovens de modo a que realizem as suas legítimas ambições, mesmo aquelas que parecem intransponíveis.
A razão de António Gedeão - "O sonho comanda a vida" - admite que cada um escreva o seu horizonte expectacional.