O PS diz que a aprovação da proposta socialista no Parlamento das isenções na CREP vai "aliviar" a Via de Cintura Interna (VCI), a partir de janeiro, e critica o Governo e Pedro Duarte, presidente da Câmara do Porto e da Área Metropolitana do Porto, por "apresentarem apenas isenções parciais, limitadas no tempo, aplicáveis apenas a partir de março e sem que tenha sido divulgado qualquer estudo técnico que as sustente".
Na segunda-feira, no Porto, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, havia anunciado a abolição de taxas na Circular Regional Exterior do Porto (CREP) para os veículos pesados de mercadorias, só a partir do dia 1 de março e apenas nos horários entre as 7 e as 10 horas e entre as 16 e as 19 horas.
Agora, o PS saúda a aprovação da sua proposta "na quarta-feira, e esta quinta-feira reconfirmada na Assembleia da República", e refere que, por sua iniciativa, "o problema diário de congestionamento na Via de Cintura Interna vai começar a ser resolvido".
Completa que "a proposta de alteração ao Orçamento do Estado estabelece a realização de um estudo rigoroso sobre os fluxos de tráfego na Área Metropolitana do Porto e, de forma imediata, a partir de 1 de janeiro de 2026, suspende a cobrança de portagens para veículos pesados na A41 CREP". Considera que "esta medida permitirá redistribuir o tráfego e aliviar de forma efetiva a pressão excessiva que se verifica na VCI".
A propósito da medida para a CREP, com influência positiva prevista para a VCI, os socialistas criticam o Governo e o autarca Pedro Duarte: "Esta solução contrasta de forma evidente com as promessas falhadas do Governo e do atual presidente da Câmara do Porto. Ambos anunciaram uma revisão efetiva e estrutural do regime de portagens, com efeitos globais a partir de 1 de Janeiro de 2026, mas acabaram por apresentar apenas isenções parciais, limitadas no tempo, aplicáveis apenas a partir de março e sem que tenha sido divulgado qualquer estudo técnico que as sustente. Recorde-se, além disso, que esta iniciativa do PS contou com o voto contra do PSD, do CDS e do PCP, com a abstenção da IL e do PAN".
"A VCI é hoje um dos maiores estrangulamentos rodoviários do país e afeta diariamente centenas de milhares de pessoas que vivem e trabalham no Porto e na sua Área Metropolitana. O PS entende que esta realidade exige seriedade, planeamento e medidas operacionais com impacto real, e não soluções parcializadas, adiadas e sem fundamentação conhecida", é reforçado.
De acordo com Tiago Barbosa Ribeiro, presidente da Concelhia do PS Porto e um dos deputados proponentes desta iniciativa, "com esta proposta reafirma-se o compromisso do PS com a mobilidade, a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável da cidade e da região". "A mobilidade precisa de decisões claras, eficazes e baseadas em dados. É precisamente isso que estamos a oferecer, melhorando a qualidade de vida dos portuenses", finaliza.