O ministro da Presidência, Leitão Amaro, anunciou, no final do último Conselho de Ministros, mais um passo muito importante na reforma do Estado, num esforço permanente do Governo liderado por Luís Montenegro para colocar a decisão mais próxima das reais necessidades de cada território. Esta é uma reforma relevante nas CCDR, que passam a concentrar, de forma coordenada, o planeamento e um conjunto de decisões da intervenção de nível regional em várias políticas públicas, juntando a área da saúde ao que já havia sido feito com a agricultura, educação, cultura e ambiente. Trata-se de uma nova desconcentração coordenada, reforçando a capacidade do Estado e aproximando as decisões das regiões e dos agentes locais.
Na prática, o Governo aprovou a criação de vice-presidências com o pelouro da saúde nas cinco comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR). Os novos vices para a saúde irão identificar prioridades regionais, decidir que hospitais ou centros de saúde necessitam de obras, novos equipamentos ou investimentos estruturantes. Não há cargos novos, antes uma nova coordenação num plano regional que permitirá melhorar a capacidade de atuação do Estado, reforçar a sua especialização, reduzir as suas estruturas e poupar os contribuintes.
Percebe-se com clareza que estes organismos intermédios são um veículo mais ágil junto dos ministérios, não raras vezes vistos como distantes, e mais próximos dos anseios e prioridades regionais e locais. Passaremos a ter um rosto de alguém mais próximo da região e de Guimarães, que particularmente me importa. Teremos interlocutores e canais mais ágeis no diagnóstico e na ação, o que merece o meu aplauso.
O ministro Leitão Amaro também explicou que o presidente e um vice-presidente das CCDR serão "eleitos por um universo amplo que emana das autarquias locais e do conselho regional que inclui universidades da região", e que serão "complementados por vice-presidentes sectoriais, com reporte aos ministros das áreas". Enquanto presidente da Câmara Municipal de Guimarães estou empenhado e determinado no reforço da relação e cooperação com a Universidade do Minho e outros centros de saber, além da maior ligação que desejo entre estes e as nossas empresas.
Acredito e defendo, em plena sintonia com a minha visão de fazermos de Guimarães não só Berço da Nação, mas também berço da inovação, que apenas a inovação e o valor acrescentado, traduzidos em ganho efetivo para empresas e trabalhadores, serão capazes de nos colocar, de forma duradoura, no mapa competitivo da região, do país e da Europa. O têxtil do Ave já está na linha da frente da transição climática, mas é preciso ir mais longe. É preciso promover inovação tecnológica e organizacional em todos os setores, apoiar o empreendedorismo de base científica, reforçar as pontes entre empresas, universidades e centros de investigação, e criar condições para atrair e fixar talento qualificado. Só assim teremos mais afirmação empresarial para além dos setores tradicionais, mais criação de emprego de qualidade, mais rendimento para as famílias e uma afirmação clara de Guimarães como território de referência europeia em inovação, sustentável, atrativo para novos investimentos e reconhecido como lugar onde vale a pena viver, trabalhar e construir o futuro.