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Quatro detidos na Austrália por partilha de "conteúdo pornográfico infantil satânico"

Polícia está a trabalhar "para identificar as crianças afetadas e socorrê-las o mais rapidamente possível" Foto: Lukas Coch/EPA

A polícia da Austrália anunciou, esta segunda-feira, que indiciou quatro homens, em Sydney, suspeitos de pertencerem a uma rede que compartilhava "conteúdo pornográfico infantil satânico".

Os quatro suspeitos foram detidos no âmbito de uma investigação sobre uma "rede internacional de difusão de conteúdo pornográfico infantil satânico", anunciou a polícia do estado australiano de Nova Gales do Sul em comunicado.

"Os investigadores descobriram uma rede pedófila sediada em Sydney, que participava ativamente na posse, distribuição e disponibilização deste conteúdo através de um site gerido a nível internacional", precisaram as autoridades.

Um dos quatro homens detidos na quinta-feira, com 26 anos, é acusado de ter desempenhado um papel de liderança no grupo. Foi acusado de 14 crimes, incluindo a utilização de serviços de telecomunicações (telefone, email ou redes sociais, por exemplo) para disponibilizar e aceder a documentos pedopornográficos.

Os outros três homens, com 39, 42 e 46 anos, foram acusados de vários crimes relacionados com conteúdos pedopornográficos. Foi negada a todos os quatro a liberdade sob caução e vão aguardar sob detenção a comparência em tribunal.

"Devido à natureza dos documentos que partilhavam e às conversas de que tomámos conhecimento, ficámos preocupados com as crianças com quem estas pessoas poderiam entrar em contacto", explicou a comissária Jayne Doherty, da brigada de crimes sexuais, numa conferência de imprensa.

A polícia apreendeu vários aparelhos eletrónicos, nos quais estavam armazenados milhares de vídeos, descritos como "abomináveis", de violência contra crianças de 5 a 12 anos, bem como atos de zoofilia.

"A partilha de material pedopornográfico está, infelizmente, a aumentar", reconheceu Jayne Doherty, acrescentando que a investigação está a trabalhar "para identificar as crianças afetadas e socorrê-las o mais rapidamente possível".

JN/Agências