O presidente da Assembleia Legislativa (Parlamento) do Rio de Janeiro foi, esta quarta-feira, detido por ser suspeito de divulgar informações a criminosos sobre operações policiais.
A Polícia Federal suspeita que Rodrigo Bacellar, preso no âmbito da Operação Unha e Carne, terá avisado um deputado de uma rusga levada a cabo em setembro, na qual o visado foi detido.
De acordo com o jornal brasileiro G1, a 2 de setembro, na véspera da Operação Zargun, Bacellar ligou para TH Joias, o deputado então detido, e aconselhou-o a destruir provas. Para a Polícia Federal, a "atuação de figuras públicas na divulgação de informações sigilosas culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da operação".
Fugiu de casa
Depois de Bacellar ter avisado TH Joias da operação que ia decorrer, o deputado terá saído de casa e deixado tudo desarrumado, indicando que fugiu à pressa, acreditam as autoridades. "Houve uma certa dificuldade" em encontrar o suspeito, revelou, na altura, o procurador-geral do Rio de Janeiro.
Na altura, relembra a CNN Brasil, as equipas da Polícia não conseguiram localizar o deputado em casa, na Barra da Tijuca, nem no seu gabinete no Parlamento estadual. Só foi detido passadas algumas horas, quando o encontraram num condomínio de luxo.
A detenção de Bacellar, de acordo com a Polícia Federal, insere-se num conjunto de investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos e as suas ligações a altas figuras públicas. v A.C.