O instituto confirma a avaria e promete aplicar, à empresa responsável, "as penalidades previstas contratualmente" até ser corrigida a falha.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informou, este fim de semana, que o helicóptero de emergência médica sediado em Loulé se encontra "temporariamente inoperacional devido a uma falha técnica identificada pelo operador", a empresa Gulf Med Aviation Services. Este é o mesmo helicóptero que, a 1 de novembro, falhou o transporte urgente de um bebé, de Portimão para Lisboa, depois de ter sido anunciado como operacional pelo INEM.
O instituto refere que está a "acompanhar a situação em permanência", e diz ter exigido ao operador "a adoção imediata de todas as medidas necessárias para assegurar o restabelecimento da operacionalidade no mais curto espaço de tempo". O INEM vai ainda, segundo comunicou, "aplicar as penalidades previstas contratualmente e continuará a monitorizar o cumprimento do contrato e a trabalhar com o operador para garantir que a capacidade aérea de emergência é plenamente restabelecida, assegurando, em todas as circunstâncias, a resposta necessária aos cidadãos".
Em comunicado, o INEM assinala ainda que, "apesar da indisponibilidade do helicóptero, mantém-se plenamente operacional a equipa médica do INEM afeta a esta base, assegurando a continuidade da resposta clínica diferenciada através de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação".
Bebé sem helicóptero
A 1 de novembro, o INEM havia anunciado que quatro aeronaves, sediadas nas bases de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé, passariam a operar 24 horas, nos sete dias da semana. No entanto, no mesmo dia do anúncio, um bebé que nasceu a 31 de outubro no Hospital de Portimão com uma hemorragia cerebral congénita foi transportado de ambulância para Lisboa, uma vez que o helicóptero estacionado em Loulé estava indisponível. Mais tarde, o INEM admitiu que um dos quatro helicópteros alegadamente funcionais não estava, afinal, operacional, e anunciou a reposição da peça em falta. Foi arranjado, mas ficou agora novamente inoperacional.