A FIFA continua a vender-nos que o Campeonato do Mundo de 2026 de futebol, o primeiro com 48 seleções, será o melhor da história. Só se esqueceu de nos dizer que é para os ricos. Como se já não bastasse a sectária política de imigração de Trump, que afastará da Terra dos Sonhos - hoje, mais dos pesadelos - adeptos de países finalistas que figuram na cada vez maior lista negra dos EUA, sem surpresa, africanos, árabes, caribenhos e sul-americanos, a FIFA revelou o custo exorbitante dos bilhetes. Por exemplo, no Grupo K, de Portugal, há ingressos a três preços: 225, 425 e 600 euros. Nos 16 avos de final, o valor vai de 170 a 442 euros e volta a subir até à final: oitavos - 272 a 765 euros; quartos - 455 a 1076; meias-finais - 770 a 2596; final - 3561 a 7387. Esquecendo viagens, estadias e alimentação, ver Portugal na primeira fase custará, no mínimo, 675 euros. Seguir as quinas até à final mais 5228 euros. São quase 6000 euros só em bilhetes! Espero que Luís Montenegro volte a rever em alta os prometidos valores do salário mínimo (1600€) e do médio (3000€). E que não seja para o Dia de São Nunca, mas antes do Mundial 2030, pois com preços destes os portugueses serão uma minoria nos jogos em... Portugal.
Este Mundial para os ricos prova que o futebol é cada vez menos para o povo. Mesmo que seja um dos felizardos do bodo que a FIFA promete por jogo: 400 a 750 bilhetes a 51 euros. Olhando para preços, políticas de imigração, vistos caros, etc, vejo um Mundial de Clubes 2 em perspetiva, com muitos lugares vazios nos estádios. Se calhar, ainda vamos ver a FIFA a fazer promoções de última hora, tipo leve dois e pague um.