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Venezuela liberta 71 pessoas detidas após presidenciais

Foto: Juan arreto/AFP

Um total de 71 pessoas, detidas no âmbito dos protestos na sequência das eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, foram libertadas esta quinta-feira, informou o Comité de Mães em Defesa da Verdade.

Em comunicado, o grupo precisou que foram libertados 65 homens detidos na prisão de Tocorón, no estado de Aragua (norte), além de três mulheres que se encontravam no Centro Penitenciário Feminino La Crisálida, no estado de Miranda (norte), e de três adolescentes no estado de La Guaira (norte).

O comité congratulou-se com as libertações, mas reafirmou a sua exigência de "plena liberdade" para todos os detidos após as eleições de julho do ano passado, através de uma amnistia geral. "A injustiça continua a afetar centenas de famílias em todo o país", salientou, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

As libertações de hoje foram também confirmadas através da rede social X pela organização não-governamental Comité para a Liberdade dos Presos Políticos, formado por familiares dos detidos.

A reeleição do Presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho de 2024 proclamada pelo órgão eleitoral da Venezuela, controlado por autoridades alinhadas com o chavismo, e as acusações de fraude por parte da maioria da oposição, que reclama a vitória de Edmundo González Urrutia, originaram grandes protestos no país. Mais de 2400 pessoas foram detidas, a maioria das quais já foi libertada, acusadas de serem terroristas. Várias ONG e partidos da oposição disseram tratar-se de presos políticos. O governo de Maduro, por sua vez, afirma que o país está "livre de presos políticos" e que aqueles que são rotulados como tal estão presos por "cometerem crimes terríveis".

JN/Agências