Brasil

Mercosul quer a adesão da Bolívia e Equador

Os países-membros do Mercosul decidiram iniciar um processo de avaliação para a entrada da Bolívia e do Equador no Mercado Comum do Sul, anunciou na terça-feira o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota.

"Houve um acordo hoje [na terça-feira] de que o alto representante do Mercosul, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, poderá já agendar uma visita aos dois países, começando pela Bolívia, acompanhado por diplomatas dos quatro países-membros, para uma conversa exploratória", adiantou Patriota.

O ministro brasileiro fez as declarações após a reunião de ministros realizada no âmbito da 41ª reunião do Mercosul, que comemora 20 anos.

Bolívia e Equador já fazem parte do bloco como membros associados, o que lhes confere o direito de assistir às reuniões realizadas entre os sócios.

O bloco foi fundado originalmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O primeiro país a solicitar a sua integração foi a Venezuela, cuja aprovação ainda depende do aval do Congresso paraguaio.

Em relação ao longo processo de entrada da Venezuela, Patriota limitou-se a dizer que o tema não foi tratado durante a reunião, mas que há uma expectativa em relação ao Paraguai, anfitrião do evento.

"Esperamos que possa ocorrer o mais rápido possível", acrescentou.

Patriota destacou ainda o bom momento económico vivido pelo bloco, que registou em 2010 um volume de comércio de 45 mil milhões de dólares (31 mil milhões de euros).

"Todos assinalaram o bom momento económico vivido pelo Mercosul, com crescimento de oito por cento, em média, em 2010. Pode não parecer nada, mas é a maior taxa de crescimento de qualquer união aduaneira ou zona de livre comércio, até comparando com a Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático)", sustentou.

A reunião de ministros realizada na terça-feira em Assunção precede o encontro, hoje, entre os chefes de Estado.

Na ocasião, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, terá um encontro bilateral com o governante paraguaio, Fernando Lugo, no qual seis acordos serão assinados, entre eles a adesão do Paraguai ao padrão nipo-brasileiro de televisão digital.

Redação