O deputado e antigo presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro diz que a morte de Maria José Nogueira Pinto foi uma "grande perda para Portugal", enaltecendo o seu exemplo de "coragem" e "verticalidade".
"A morte da Maria José Nogueira Pinto é uma grande perda para Portugal, para o nosso tempo. É também, no meu caso pessoal, a perda de uma amiga que vai fazer muita falta aqueles que lhe são mais próximos, à sua família e aqueles que tiveram a sua companhia e o seu conselho durante muitos anos", afirmou Ribeiro e Castro.
O antigo presidente democrata-cristão sublinhou que Maria José Nogueira Pinto "foi uma mulher de intensa intervenção pública, de grande sentido cívico, e que marcou muito os últimos anos da vida portuguesa, em diferentes áreas onde interveio".
"Foi um exemplo e uma inspiração ver como já afectada pela doença manteve um combate político como candidata e fazendo-se reeleger deputada", afirmou, referindo também a actividade como colunista, na imprensa, que continuou a desenvolver.
Uma mulher sem medo
A líder da bancada socialista, Maria de Belém, recebeu com "enorme consternação" a notícia da morte, considerando que o país perde "uma mulher sem medo" e com pensamento independente.
"Estamos perante o desaparecimento precoce de alguém que nos é próximo, o que é sempre extremamente doloroso. Do ponto de vista das intervenções cívica e política que a doutora Maria José Nogueira Pinto tinha, trata-se de uma perda para o país", considerou a ex-ministra da Saúde de António Guterres, que trabalhou com a deputada independente do PSD vários anos na Misericórdia de Lisboa.
De acordo com Maria de Belém, Maria José Nogueira Pinto "era uma pessoa com um projecção pública de qualidade, que fica a faltar a Portugal".
Do ponto de vista político, Maria de Belém definiu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher independente, com pensamento próprio, com capacidade para fazer as suas próprias escolhas e opções, independentemente do seu quadrante ideológico".