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Homem suspeito de abusar das filhas durante 40 anos

O homem terá mantido as filhas presas nesta casa, situada na aldeia de St. Peter am Hart STRINGER/REUTERS

A polícia austríaca, anunciou, esta quinta-feira, que está a investigar um homem suspeito de ter espancado e abusado sexualmente das duas filhas durante mais de 40 anos.

O homem de 85 anos de idade, residente na aldeia de St. Peter am Hart, no Norte da Áustria, terá mantido as filhas presas numa pequena cozinha, que tinha apenas um banco de madeira e uma cama.

De acordo com Hermann Feldbacher, porta-voz do departamento da polícia local, as duas mulheres, agora com 53 e 45 anos, "têm deficiência mental e sofreram agressões permanentes".

Por esse motivo, ter-se-ão tornado "dependentes do pai" e incapazes de sair de casa, até porque o homem, cuja identidade não foi revelada, proibia as duas mulheres de manterem "qualquer contacto social".

As autoridades austríacas revelaram ainda que o suspeito ameaçou as mulheres de morte, recorrendo a uma colecção de armas que guardava em casa, caso contassem a alguém o que se passava ou tentassem escapar.

Em declarações à agência de notícias austríaca APA, a chefe de polícia local, Alois Lissl, revelou que o homem está acusado de violação, abuso, negligência de menores e pessoas indefesas, comportamento ameaçador e coerção, tendo causado danos corporais. No entanto, o alegado agressor já negou todas as acusações.

O homem, que terá abusado das filhas entre 1970 e Maio de 2011, é também suspeito de ter abusado da sua esposa, que faleceu há cerca de três anos, de forma similar.

As filhas, que estão actualmente a receber tratamento psicológico, conseguiram fugir em Maio passado, quando o pai terá tentado abusar sexualmente da filha mais velha. A filha terá empurrado o pai, deixando-o indefeso no chão. Acabaria por ser encontrado, por uma assistente social, dois dias depois.

Por agora, as autoridades tentam perceber se as mulheres já sofriam de deficiência mental antes, ou se foi uma consequência dos traumas por que passaram.

Redação