Economia

Exportações subiram 12,4% e importações caíram 10,5%

As exportações portuguesas aumentaram 12,4% e as importações caíram 10,5% no último trimestre de 2011, em comparação com o período homólogo.

Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), representam uma queda para quase metade do défice comercial português entre os últimos três meses de 2010 e o mesmo período de 2011 - de 5.640 milhões para 2.825 milhões de euros.

A taxa de cobertura (percentagem das importações que são "pagas" pelas exportações) foi 79,5%, um aumento de 16,2% em relação ao último trimestre de 2010, de acordo com as estatísticas do comércio internacional do INE.

Esta melhoria no comportamento das exportações deve-se essencialmente ao comércio extracomunitário. No último trimestre de 2011 houve um aumento significativo nas exportações para os países da União Europeia, de 7,7%.

No entanto, o crescimento nas exportações para fora do espaço comunitário foi muito maior - 26,5%. Ainda assim, as saídas para países da União - e mesmo apenas para os 17 da zona euro - continuam a representar mais de dois terços das exportações portuguesas.

A taxa de cobertura do comércio extracomunitário já chega aos 86,8%. Excluindo combustíveis e lubrificantes, Portugal tem mesmo um robusto excedente com o resto do mundo: uma taxa de cobertura de 158,2%.

Ainda segundo dados do INE, a quebra nas importações durante o último trimestre deve-se sobretudo aos decréscimos na categoria de "veículos e outro material de transporte", reflexo da quebra muito forte nas vendas de automóveis em Portugal no final do ano passado e também de um efeito estatístico ligado à compra de material militar em Dezembro de 2010.

As categorias de produtos que resultaram no crescimento das exportações incluem combustíveis e lubrificantes, uma subida "à qual não é alheia a retracção do consumo interno, que cria a necessidade de escoamento deste tipo de produtos para mercados externos", escreve o INE.

Também são destacados os aumentos nas categorias de produtos alimentares e bebidas (mais 16,5%) e fornecimentos industriais (mais 13,3%).

Redação