O antigo presidente sul-africano Nelson Mandela, de 93 anos, deixou o hospital onde estava internado desde sábado devido a dores abdominais, disse o porta-voz da Presidência da África do Sul.
"Os médicos decidiram mandá-lo para casa porque o exame de diagnóstico a que foi submetido (laparoscopia) não acusou nada de grave", disse a presidência em comunicado.
Uns minutos antes de o comunicado ser divulgado, a presidência sul-africana tinha dito que Nelson Mandela estava bem e que tinha passado bem a noite.
Segundo a ministra da Defesa, Lindiwe Sisulu, cujos serviços são responsáveis pela saúde dos antigos presidentes da República, o ícone da luta anti-apartheid foi submetido este domingo a uma laparoscopia.
Geralmente realizada com anestesia geral, a laparoscopia é um exame médico que permite ver diretamente o estado dos órgãos abdominais através de um endoscópio introduzido na parede abdominal.
"Foi uma laparoscopia de diagnóstico. Vai dizer-nos qual é o problema", disse a ministra. "Ele está bem e está a recuperar da anestesia. Portou-se bem e não tem nada de grave", frisou no final do exame.
As autoridades sul-africanas não precisam qual o hospital que recebeu Nelson Mandela, oficialmente para preservar a sua intimidade.
Contudo, o canal de televisão "E-news" mostrou imagens de um cortejo oficial a chegar ao hospital militar de Pretória.
Nelson Mandela, Nobel da Paz que esteve preso 27 anos por lutar contra o racismo, está oficialmente retirado da vida pública.
Tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, tendo cumprido um mandato de cinco anos.