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Sarkozy visita escola judaica onde foram mortas pelo menos quatro pessoas

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou, esta segunda-feira, que vai visitar de imediato a escola judaica da cidade de Toulouse, no Sudoeste do país, onde quatro pessoas morreram num tiroteio.

Em comunicado, Sarkozy afirmou que vai visitar a escola com o ministro da Educação do país e com o líder do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (CRIF).

O candidato socialista às eleições presidenciais em França, François Hollande, anunciou também que se vai dirigir ao local, para demonstrar solidariedade com as famílias e com a comunidade judaica francesa.

Entretanto, o grande rabino de França, Gilles Bernheim, falou do "horror" que sentiu ao saber do tiroteio na escola de Toulouse, que matou um professor e três crianças.

"Estou horrorizado pelo que aconteceu hoje em Toulouse em frente da escola judaica", disse o grande rabino, citado pela agência noticiosa France Presse.

Jonathan Hayoun, que lidera a associação francesa de estudantes judeus, pediu às autoridades que reforcem a segurança em escolas judaicas e sinagogas.

"O discurso antissemita e racista criou um clima de insegurança para os judeus em França", afirmou Hayoun, em comunicado.

Patrick Rouimi, pai de uma criança na escola, relatou à France Presse ter visto um homem começar a disparar contra um grupo de pessoas que estava à porta da instituição, antes de ter fugido do local, de mota.

Este foi o terceiro ataque com armas de fogo numa semana na região do Sudoeste de França. A polícia já tinha iniciado uma caça ao homem, depois do assassínio, na passada semana, de três militares para-quedistas e ferimentos em outros dois, em dois incidentes separados, em que o atirador também fugiu de mota.

Nicolas Sarkozy disse hoje ser ainda "demasiado cedo" para relacionar estes dois ataques.

"Existem algumas semelhanças, mas ainda é demasiado cedo para dizer se há ou não uma verdadeira relação. Só a polícia e a investigação criminal nos podem dizer que conclusões retirar", disse Sarkozy, em declarações a uma rádio francesa.

Redação