Economia

PS diz que taxa "recorde" em Portugal é "resultado das políticas recessivas do Governo"

O Partido Socialista destaca que Portugal, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, está "perante um desemprego recorde", que é "resultado das políticas recessivas do Governo", a quem a acusa de "virar as costas" a quem não tem trabalho.

"Estamos perante um desemprego recorde, 15% na taxa de desemprego do Eurostat. o Partido Socialista avisou que isto ia acontecer, é o resultado das políticas recessivas, das políticas de austeridade, que dão naturalmente um aumento do desemprego", afirmou o dirigente e deputado do PS Miguel Laranjeiro, em declarações à agência Lusa.

Laranjeiro considera que "o desemprego é a chaga social mais grave que Portugal enfrenta neste momento e há uma insensibilidade social por parte do Governo, por parte do primeiro-ministro" em relação a este problema.

"Ainda na semana passada, o primeiro-ministro, referindo-se aos números do desemprego, mostrou que a sua preocupação não era com os desempregados nem com o desemprego em si, mas com o impacto financeiro que isso tinha nas contas públicas", acrescentou o dirigente socialista, referindo-se a declarações de Passos Coelho durante uma entrevista à TVI.

Para o PS, trata-se da "prova da insensibilidade do Governo".

"Hoje, mais de um milhão e duzentos mil portugueses, entre desempregados e inativos, não tem trabalho e aquilo que o Governo tem para resposta é nada ou a emigração", disse o deputado.

"O Governo não tem soluções e vira as costas aos desempregados", acrescentou Miguel Laranjeiro.

Portugal chegou ao final de fevereiro com uma taxa de desemprego de 15%, uma subida de 0,2% face a janeiro e a terceira mais elevada da União Europeia (UE), revelou hoje o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, apenas Espanha (23,6%) e a Grécia (21%, em dados que remontam a dezembro de 2011) se encontram em pior situação que o português.

Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego permaneceu inalterada em fevereiro na zona euro, nos 10,8%, ao passo que no conjunto dos 27 da UE o valor avançou 0,1% para 10,2%.

Relativamente a Portugal, registou-se ainda uma subida do desemprego entre os jovens (menos de 25 anos) de 35,1% em janeiro para 35,4% em janeiro.

Redação