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Guarda-costas de Garzón segue-o de transportes públicos

Sergio Perez/Reuters

Baltasar Garzón, um dos homens mais ameaçados de Espanha, viu a sua segurança pessoal ser reduzida drasticamente: perdeu o carro blindado e é apenas protegido por um guarda-costas que o segue para todo lado em transportes públicos.

Baltasar Garzón, juiz suspenso da Audiência Nacional espanhola, teve a seu cargo alguns dos mais perigosos processos judiciais do país. Investigações sobre alegadas ligações entre a organização separatista basca ETA e o Governo presidido por José Maria Aznar; casos de crime organizado e narcotráfico internacional e crimes da era do franquismo são alguns dos processos que teve entre mãos.

"Levo 32 anos de serviço público e 23 anos como juiz da Audiência Nacional. Depois de tantos anos, estou farto de ter escolta, mas se é necessário reduzi-la, gostaria de alguém me explicasse porquê para poder estar tranquilo" - declarou Garzón ao jornal espanhol "El País".

Garzón alega que foi o próprio guarda-costas que o informou da redução do dispositivo que garantia a sua segurança pessoal e que nunca ninguém do Governo o esclareceu oficialmente.

Antes desta alteração, o juiz entretanto suspenso, não podia deslocar-se sem mais do que um segurança e num carro blindado, por ser elevado o risco de vida que corria na sequência da sua profissão.

Agora, o atual assessor do Governo espanhol relata situações caricatas como deslocar-se no seu carro particular, enquanto o seu guarda-costas o tenta seguir de autocarro, metro ou comboio carregado de material de segurança.

Redação