As Nações Unidas recebem, até 12 de setembro, candidaturas de jovens portugueses até 32 anos de idade, no âmbito de um concurso internacional para preenchimento de vagas em vários departamentos.
À semelhança de países lusófonos como o Brasil, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, Portugal é incluídos pelo segundo ano consecutivo no "Programa de Jovens Profissionais" da ONU, para preenchimento de até 150 posições, na organização internacional, segundo anúncio publicado esta segunda-feira pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU.
Engenharia, assuntos económicos, comunicação social e ciências sociais são alguns dos postos que a organização internacional pretende preencher este ano.
As candidaturas serão recebidas através do site careers.un.org, a um exame que terá lugar em dezembro, para os pré-selecionados.
Os escolhidos irão preencher vagas de nível profissional no Secretariado da ONU em Nova Iorque.
Os cidadãos portugueses que sejam convocados para o exame não precisam de estar em Portugal, pois podem fazê-lo em qualquer cidade em que a ONU tenha um centro oficial de exames, por exemplo, em Nova Iorque, Genebra ou Londres.
Em 2011, a ONU tinha nove portugueses em posições de nível profissional (P2), do género agora aberto a concurso.
A estes juntavam-se outros 100 do "staff" geral e 338 polícias e militares portugueses ao serviço de missões da organização.
O número de posições P2, num total de 3.300 existentes na organização, é significativamente menos das 12 a 21 que o país tem direito, tendo em conta a sua contribuição para o orçamento da ONU, população e PIB.
Fonte do departamento de Recursos Humanos da ONU disse citado pela Lusa que a inclusão de Portugal no concurso em 2011, pela primeira vez desde 2006, deve-se ao facto de o país não estar a preencher esses lugares.
Contudo, adiantou a mesma fonte, não há quotas para preenchimento das vagas: serão colocados aqueles com melhores notas, e o nome dos examinados não será facultado aos examinadores, apenas um número.
Os candidatos devem ter habilitação universitária, 32 anos completados este ano ou menos, falar fluentemente inglês e/ou francês, além de serem cidadãos de um dos países selecionados para o concurso.
O exame testa conhecimentos gerais, pensamento analítico, capacidade de planeamento, além de cultura sobre assuntos internacionais.