Economia

Poupança de 81 milhões na renegociação da autoestrada transmontana

O presidente da Estradas de Portugal anunciou ter concluído a renegociação da subconcessão da autoestrada transmontana, conseguindo uma poupança para o Estado de 81 milhões de euros.

Em entrevista à SIC Notícias, António Ramalho afirmou ter fechado "esta noite" [quarta-feira] o acordo com o consórcio liderado pela Soares da Costa, sublinhando que se trata de "uma autoestrada com um peso significativo", que faz a ligação entre o Porto e Bragança.

"Acabámos de negociar também a redução da Transmontana. A Transmontana é uma autoestrada significativa, que faz uma ligação global, que estrategicamente é a ligação entre o Porto e Bragança", referiu António Ramalho.

"A Transmontana corresponde à parte pós-túnel do Marão, mas conseguimos uma redução significativa neste trabalho conjunto de cerca de 81 milhões", acrescentou.

Esta é a segunda renegociação de Parcerias Público Privadas (PPP) rodoviárias, depois de uma poupança conseguida com um novo acordo para a subconcessão do Pinhal Interior, que permitiu uma poupança de 485 milhões de euros.

A Estradas de Portugal (EP) foi mandatada pelo Governo para renegociar sete subconcessões rodoviárias (duas das quais estão concluídas), a fim de atingir uma poupança nominal superior a dois mil milhões de euros nos próximos 30 anos, o prazo dos acordos assinados com as concessionárias.

Em causa estão as subconcessões Transmontana, Douro Interior, Baixo Alentejo, Litoral Oeste, Algarve Litoral e Pinhal Interior, sendo que a revisão dos acordos implica a construção de menos troços, mas sobretudo uma redução dos encargos do Estado.

Na semana passada, a Estradas de Portugal adiantou estar a dar continuidade aos "esforços de redução dos encargos com outras parcerias contratadas, de modo a assegurar a sua sustentabilidade financeira a prazo, nos termos dos objetivos delineados pelo Governo português".

Na entrevista, o presidente da empresa escusou-se a adiantar o ponto de situação das outras renegociações, justificando ser preciso "muito silêncio" para ser um bom negociador, mas admitiu que alguns acordos poderão ser conseguidos só no próximo ano.

Redação