Política

Novo corte nas pensões de reforma é "atentado grave", diz MURPI

O novo corte nas pensões de reforma, anunciado esta terça-feira pelo Governo, é mais um "atentado grave à vida e ao bem-estar" destes cidadãos, criticou o presidente do Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos.

Todas aspensões por reforma, acima dos 1.500 euros, vão sofrer no próximoano um corte entre 3,5 e 10 %, de forma progressiva, tal como jásofrem os vencimentos dos funcionários públicos.

A medidafoi anunciada pelo ministro das Finanças e soma-se ao corte dossubsídios de férias e de Natal, para reformados e pensionistas, quese manterá em vigor em 2013.

"Asmedidas adicionais anunciadas hoje são mais um roubo e vêm agravaras medidas anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro - queconstituem só por si um grave atentado à vida e ao bem-estar dosreformados", afirmou à Lusa Casimiro Menezes.

Noentender do presidente do Movimento Unitário de Reformados,Pensionistas e Idosos, trata-se de mais "um roubo semprecedentes" aos rendimentos dos pensionistas e reformados, quevai agravar ainda mais a "catástrofe social" em que muitosjá se encontram.

"Osfenómenos de miséria e pobreza vão continuar a aumentar",vincou Casimiro Menezes.

Opresidente do MURPI adiantou que aquela entidade vai reunir-se já,na sexta-feira, para "analisar a situação", estandotambém marcada para 14 de outubro uma conferência em que estes eoutros assuntos serão debatidos e onde será tomada uma "posiçãofirme".

LuísMorais Sarmento, secretário de Estado do Orçamento - que falavadurante a conferência de imprensa de apresentação dos resultadosda quinta avaliação do programa da 'troika' - adiantou que estescortes serão feitos à semelhança do que já acontece nosvencimentos dos funcionários públicos, que sofrem cortes salariais,sempre que o seu rendimento bruto seja superior a 1.500 euros, e quepodem atingir os 10%.

Estamedida, explicou o governante, estava prevista no memorando inicial,mas "não foi aplicada porque se previu nessa altura a reduçãodo décimo terceiro e décimo quarto meses", avançando agora emcumprimento do inicialmente acordado.

A medida,no entanto, já tinha sido incluída no chamado PEC IV, o últimoprograma de medidas apresentado pelo Governo de José Sócrates, naaltura pelo então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

Redação