Os promotores da manifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas" deram, este sábado, uma conferência de imprensa no Porto para esclarecer que este protesto é espontâneo e não tem por detrás partidos políticos ou centrais sindicais.
"Nuncafoi vontade dos promotores terem qualquer tipo de protagonismo e, afim de evitar que outros o façam, partidos políticos, centraissindicais ou qualquer tipo de fação, resolvemos dar uma conferênciade imprensa (...) para que fique bem claro quais os propósitos destamanifestação", disse à Lusa João Lima, 47 anos, um dossubscritores da manifestação.
Amanifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas"tem como objetivo unir os portugueses para "dizer basta" àsmedidas de austeridade anunciados pelo primeiro-ministro, adiantouJoão Lima, na conferência de imprensa que decorreu junto à Câmarado Porto, minutos antes do início do arranque dos protestos nacidade.
"Nãosomos políticos, mas temos inteligência suficiente para ver queestas políticas só nos afundam cada vez mais", acrescentou.
Ospromotores referem que é do "consenso geral que devem sertomadas medidas, tais como a "renegociação da dívida dePortugal", a "negociação do Governo com as petrolíferaspara a descida de preços para fomentar a economia e aliviar acarteira da população em geral" ou o aumento do "rigor nagestão do património público".
"Exigimosum recuo por parte do primeiro-ministro, pensamos que ainda está atempo de evitar aquilo que nos preocupa neste momento: o caos social,tumultos, revoltas populares", avisam.
Ospromotores da manifestação aconselham Passos Coelho a admitir oserros", porque tal "é uma virtude".
"Nãoseja teimoso ao ponto de ter de enfrentar uma populaçãoenraivecida", consideram.
Amanifestação "espontânea" é um movimento de"portugueses e para portugueses" e é apenas o mote criadopara que as pessoas mostrem a sua indignação e descontentamento coma situação atual do país. É o momento de união", explicamos promotores do movimento de cidadãos portugueses.
Segundoalguns dos promotores da manifestação, a situação atual do paísé "preocupante" e a "indignação" e "odescontentamento" é generalizado no povo português.