Segurança

Pinto Monteiro recusa dizer se Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos são arguidos

O procurador-geral da República escusou-se, esta terça-feira, a dizer se os ex-ministros Mário Lino, António Mendonça e o ex-secretário de estado Paulo Campos são arguidos no inquérito sobre as Parcerias Público Privadas, depois da Polícia Judiciária ter feito buscas às suas casas.

Ementrevista à RTP, Pinto Monteiro, que abandonará o cargo ao 9 deoutubro, explicou que as buscas efetuadas na terça-feira pelaPolícia Judiciária decorrem do facto de estar "desde maio"a decorrer um inquérito crime por suspeitas de ilícitos criminais,não adiantando quais.

"Esseinquérito corre já desde maio e não foi preciso que ninguémrequeresse coisa nenhuma. As buscas apenas significam que osinvestigadores consideraram necessário faze-las para apuramento daverdade material de ilícitos criminais", disse.

Aindano âmbito deste caso, e porque as buscas foram feitas às casas deex-governantes, do governo socialista, Pinto Monteiro foi perentório:"Não se julgam Governo anteriores, o que se julgam sãoilícitos criminais. Não vamos julgar os Governo pela política quetiveram e que porventura julgamos erradas. Aí acabava a democracia".

"Nãopodemos cair nas investigações políticas, é preciso que hajasuspeitas de ilícitos criminais", acrescentou o PGR, dizendoainda que quando as denúncias sobre as PPP chegaram ao MinistérioPúblico e quando se soube do relatório do Tribunal de Contas, "oinquérito já estava aberto".

A PolíciaJudiciária efetuou buscas nas residências dos ex-ministros dasObras Públicas, Mário Lino e António Mendonça e do antigosecretário de Estado Paulo Campos.

A PJrealizou também buscas à casa de uma ex-vogal do conselho deadministração das Estradas de Portugal e ex-adjunta de AntónioMendonça.

Oinquérito crime às Parcerias Público Privadas está a decorrer noDepartamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Redação