O antigo futebolista brasileiro e atual deputado Romário pediu, esta quarta-feira, ao governo para investigar a atribuição dos contratos de venda de bilhetes para os Jogos Olímpicos de 2016 por parte do Comité Olímpico Brasileiro (COB), que acusou de "irregularidades".
As acusações do antigo avançado da "canarinha" visam o presidente do COB, Carlos Nuzman, e o seu amigo Patrick Hickey, membro da comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) e presidente do Comité Olímpico Irlandês.
Romário acusa Hickey de ter influenciado o organismo brasileiro no contrato de venda de bilhetes do Rio2016 para a Irlanda, de modo a que o grupo em que trabalha o filho, Stephen Hickey, conquistasse o negócio.
"Soube, de fonte segura, que o seu filho trabalha numa filial da empresa que obteve, através do senhor Hickey, o direito de venda de bilhetes para os Jogos Olímpicos de 2016", revelou, pedindo que Nuzman se explique diante do parlamento e da sociedade brasileira.
Romário pretendia denunciar a situação num discurso diante da câmara de deputados em Brasília, mas acabou por publicá-la no seu sítio oficial por não ter tido direito à palavra.
"Todos conhecem a minha preocupação de assegurar que todos os cidadãos tenham acesso aos jogos do Mundial [de futebol de 2014] e aos Jogos Olímpicos", argumentou Romário, que tem feito campanha para que os bilhetes para as duas competições tenham preços reduzidos para idosos, estudantes e pobres.
Num comunicado enviado à imprensa e citado pela France Press, o Comité Organizado indica que "o Rio2016 está na fase inicial de elaboração do plano operacional de venda de bilhetes".
"O Rio2016 abrirá, no final de 2013, um concurso público para selecionar a empresa responsável pelo sistema de venda de bilhetes. Para as vendas internacionais, o Rio2016 decidirá com cada comité olímpico nacional o seu vendedor autorizado de bilhetes para assegurar uma venda eficaz no estrangeiro", precisa a nota.