Vila Franca de Xira

Moradores de prédio em risco de ruir travam despejo

Os moradores do prédio que está em risco de ruir, em Vila Franca de Xira, enviaram um requerimento à Polícia para impedir a entrada de funcionários da Câmara no edifício, ou seja, fica inviabilizado o despejo até que haja ordem judicial sobre a providência cautelar já interposta.

A situação tem sido calma ao longo do dia, nomeadamente, quando a PSP chegou à Encosta do Monte Gordo, em Vila Franca de Xira. Os moradores do prédio que ameaça ruir enviaram um requerimento à Polícia para impedir a entrada de funcionários da Câmara no edifício, travando assim a ação de despejo decidida pela autarquia por razões de segurança.

O despejo estava previsto para as 10 horas desta quinta-feira e fica agora sem efeito até que haja decisão judicial sobre a providência cautelar interposta pelos moradores.

Entretanto, esta quinta-feira, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa notificou a Câmara de Vila Franca de Xira para que responda à impugnação apresentada pelos moradores do prédio em risco de ruir, que travou o despejo coercivo.

Fonte ligada ao processo adiantou que, tendo em conta a "especial urgência" do caso, a autarquia possa vir responder no máximo de cinco dias, quando o prazo normal nestes casos são 10 dias.

O executivo camarário de Vila Franca de Xira deliberou proceder ao despejo dos moradores por estar em causa "a segurança de pessoas e bens", segundo o último relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), conhecido na segunda-feira, o qual alerta para o agravamento da instabilidade do prédio e do talude que continua a fazer pressão sobre o lote 2 que está inclinado para a frente.

Um outro relatório do organismo público, datado de julho, recomendava a retirada das famílias que residem no lote 1, do Bloco B, da Encosta do Monte Gordo, (dos 12 apartamentos, nove encontram-se habitados), já que o imóvel do lado, desabitado (lote 2), ameaça ruir e provocar a derrocada do lote 1.

*Com Agência Lusa

Paulo Lourenço*