Economia

TAP confirma corte salariais em fevereiro

A TAP vai adotar os cortes salariais da função pública, previstos no Orçamento do Estado para 2013, a partir de fevereiro, disse à Lusa o presidente da Comissão de Trabalhadores, depois de uma reunião com o presidente.

"FernandoPinto [presidente executivo] confirmou de que não haveria qualquertipo de medida excecional e que os cortes serão feitos como estáprevisto no Orçamento do Estado [OE], entre os 3,5% e os 10%",disse, esta quarta-feira, à Lusa o presidente da CT da TAP, VítorBaeta, que se reuniu com o presidente da companhia aérea.

Emjaneiro, a TAP não aplicou as reduções salariais previstas noOE2013, documento que eliminou a possibilidade de haver exceções,como aconteceu nos dois últimos anos.

Entretanto,o Ministério das Finanças reiterou que a TAP e a Caixa Geral deDepósitos (CGD) vão ter de reduzir os salários entre 3,5 e 10%,explicando que o Orçamento do Estado para este ano não contemplaregimes de exceção.

Na manhãdesta quarta-feira, como a Lusa noticiou, os sindicatosrepresentativos dos trabalhadores da TAP também se reuniram com aadministração da companhia aérea, mas, no final, recusaram-se afazer comentários, remetendo-os para segunda-feira, dia em que têmmarcada uma reunião com o Ministério da Economia.

Em 2011 e2012, os trabalhadores da TAP e da CGD não tiveram os cortessalariais da função pública, devido à possibilidade de estesserem compensados com outras poupanças nos custos com pessoal. Jána lei do Orçamento do Estado para 2013 desapareceu a alínea quepermitia "as adaptações autorizadas e justificadas pela suanatureza empresarial", uma alteração jurídica que indicavaque os trabalhadores do banco público e da companhia aérea iriamficar sujeitos ao corte médio de 5% para todos os trabalhadores dafunção pública e empresas maioritariamente públicas com saláriosbrutos acima dos 1.500 euros.

A 20 dedezembro, o Governo anunciou a rejeição da proposta de compra dogrupo Synergy para a TAP, o único concorrente à privatização dacompanhia aérea nacional, um processo que poderá ainda serreiniciado este ano.

Asecretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, justificouentão que a proposta do grupo Synergy, de German Efromovich, o únicoque apresentou uma proposta final à compra da companhia, forarejeitada porque não deu "as garantias adequadas".

Redação