Portugal participa, esta quinta-feira, na campanha One Billion Rising, que quer pôr o mundo a dançar pelo fim da violência contra as mulheres, com duas dezenas de iniciativas em vários pontos do país.
Viseu,Covilhã, Fundão, Lagos, Góis, Aljustrel, Coimbra, Almada, Costa deCaparica, Setúbal e Lisboa são as localidades portuguesas quedecidiram aderir a esta comemoração diferente do Dia dos Namorados.
O nome dacampanha One Billion Rising (www.onebillionrising.org) encontraexplicação numa estatística das Nações Unidas: "mil milhõesde mulheres - uma em cada três - serão violadas e agredidas noplaneta durante a sua vida".
A campanhapropõe que, esta quinta-feira, um número igual ou superior demulheres e homens se junte em todo o mundo, dançando, para combateressa violência.
Mais de200 países já aderiram à dança global. Na página oficial dacampanha, constam perto de duas dezenas de eventos em Portugal.
Em Lisboa,está agendada para as 13 horas uma 'flash mob', promovida pelaorganização não governamental ComuniDária no Mercado de Fusão,Martim Moniz.
Maistarde, a partir das 17.30 horas, no Largo de Camões, deputadas eativistas vão participar na iniciativa "@ Menin@ Dança?",uma coreografia para a música "Break the Chain", quecontou com a colaboração do bailarino Marco De Camillis.
Organizadapela eurodeputada socialista Ana Gomes, a iniciativa contará com apresença de organizações como Associação Portuguesa de Apoio àVítima, Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, ILGA Portugal,União de Mulheres Alternativa e Resposta, Amnistia Internacional ecompanhia Chapitô.
Em nomedas dinamizadoras da campanha em Portugal, a eurodeputada socialistaAna Gomes disse à Lusa que se pretende que "cidadãos ecidadãs" se mobilizem "ativamente pelo fim da violênciacontra as mulheres".
A ideia dacampanha global surgiu depois de Eve Ensler, conhecida dramaturga dosEstados Unidos e autora do livro "Os Monólogos da Vagina",ter visitado uma comunidade na República Democrática do Congo, ondeas mulheres, altamente vulneráveis à violência, saram as feridasatravés da dança.
"Vi opoder da dança e comecei a pensar o que seria se mil milhões demulheres, e todos os homens que as amam, dançassem no mesmo dia, emtodo o planeta", explicou Eve Ensler, recentemente, emteleconferência com jornalistas de todo o mundo.