Política

PS recusa convite do PSD para "convergência nacional"

O deputado social-democrata José Mendes Bota convidou, esta quarta-feira, o PS para uma "convergência nacional", mas o deputado socialista António Braga respondeu que o seu partido recusa juntar-se ao caminho seguido pela maioria PSD/CDS-PP.

Numadeclaração política, na Assembleia da República, Mendes Botadisse esperar que o PS aceite fazer parte de "uma sériaconvergência nacional", contribuindo para uma "respostaconstrutiva para resolver os problemas estruturais, supra geracionaise urgentes" que Portugal enfrenta.

"Vemapelar ao PS para que acompanhe este caminho. Não, senhor deputado",respondeu António Braga, acusando o Governo PSD/CDS-PP de terfalhado todas as metas, de ter imposto sacrifícios em vão aosportugueses. "O PS tem dito que há outro caminho",acrescentou.

No inícioda sua intervenção, Mendes Bota prestou homenagem à antigaprimeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher, que morreu nasegunda-feira, considerou-a uma "estadista ímpar", citou asua frase "temos de travar várias batalhas para ganhar umaguerra", e em seguida elogiou a governação PSD/CDS-PP.

"Paravencer esta guerra estamos a travar várias batalhas, e temos umaestratégia que, acreditamos, levar-nos-á à vitória",declarou o social-democrata, criticando que se tente "ignorar asconquistas destes últimos 22 meses".

SegundoMendes Bota, a atual maioria tem cumprido o Programa de AssistênciaEconómica e Financeira, o que permitiu atrair investidores para asprivatizações, diminuiu a despesa primária de forma semprecedentes, equilibrou a balança externa, cortou nas "rendasexcessivas do setor energético" como nunca tinha sido feito,conseguiu "a melhor execução de sempre do Quadro de ReferênciaEstratégica Nacional (QREN)" e reestruturou o setor empresarialdo Estado "com resultados positivos".

Odeputado do PSD eleito pelo Algarve afirmou ainda que o PSD está"firme, coerente, patriótico e responsável, disponível paraarcar com os custos da impopularidade que a tomada de medidasdifíceis implica" e constitui "um referencial deestabilidade e de responsabilidade, no meio da tormenta que fustiga opaís".

MendesBota terminou o seu discurso prometendo que o PSD não desistirá enão alienará o mandato de quatro anos que recebeu do povo portuguêsnas legislativas de 5 de junho de 2011.

"Juntamentecom o CDS-PP, apoiamos um Governo corajoso, que dispõe de apoiomaioritário nesta Assembleia, e apoiamos um primeiro-ministro quetem sabido estar à altura dos desafios, com força, seriedade etransparência", concluiu.

Redação