Educação

PS diz que relatório sobre Educação confirma "situação dramática" da escola pública

O Partido Socialista considerou, esta quarta-feira, que o relatório do Conselho Nacional de Educação confirma que "a situação da escola pública em Portugal é dramática" e que se está "a retroceder" nos indicadores da Educação.

"Orelatório vem confirmar os piores receios do PS. Este Governo queruma escola pobre, para pobres, e infelizmente está a consegui-lo.Andamos há muito a fazer estas afirmações, este relatório veioconfirmar a nossa razão", disse à Lusa o coordenador do grupoparlamentar do PS, Rui Santos.

O deputadoreagia assim às conclusões do relatório do CNE "Estado daEducação 2012 - Autonomia e Descentralização", hojedivulgado, que, entre outras conclusões, declara que o investimentofeito na educação em 2012 é equivalente ao realizado onze anosantes, em 2001.

"Amelhoria dos resultados educativos e a consolidação dos patamaresalcançados não se compadece de forma nenhuma com o abrandamento doesforço ou com políticas erradas, errantes ou em constantemutação", afirmou Rui Santos.

Orelatório faz uma análise ao que aconteceu na última década esublinha que ainda não são percetíveis os efeitos da crise nosdados agora apresentados.

"Depoisde uma década ganha, onde a recuperação dos nossos indicadores éreconhecida, não podemos de forma nenhuma andar para trás. E defacto, estamos a retroceder", defendeu Rui Santos, acrescentandoque "a conclusão do relatório é óbvia: a situação daescola pública em Portugal é dramática e muito preocupante".

O deputadosocialista sublinhou "a instabilidade na comunidade educativa",de alunos e famílias a professores e pessoal não docente, e afirmouque com "os novos cortes que se avizinham" é o futuro dasnovas gerações e do próprio país que fica posto em causa.

"Asqualificações são a alavanca para sairmos da crise e não secompreende que a Educação não esteja no centro das políticaspúblicas e que não constitua uma prioridade do investimentopúblico", reiterou o parlamentar.

Para RuiSantos, "a rota contra a Educação já vem de muito longe",lembrando o relatório do FMI que sugeria cortes de cerca de milmilhões de euros no setor, o despedimento de 50 mil professores,entre outras coisas.

"O PSnão concorda com este caminho e tudo fará para que ele não seconcretize. Achamos que o problema não se resolve fazendo cortes naEducação, mas sim pondo o país a crescer", concluiu.

Redação