Economia

Vítor Gaspar explica no Parlamento dia 30 operações "swap"

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, vai responder dia 30 deste mês, no Parlamento, a eventuais questões dos deputados sobre as operações 'swap' que envolvem empresas públicas, afirmou à Lusa Duarte Pacheco, líder parlamentar do PSD.

O deputadosocial-democrata explicou que o dia 30 de abril, "na prática,acaba por ser o primeiro dia útil disponível" para que oministro esclareça, na Assembleia da República (AR), estescontratos, uma vez que na quinta-feira é feriado, na sexta hácongresso do PS e, portanto, não há iniciativas parlamentares, e asegunda-feira é o dia reservado aos contactos dos partidos com oeleitorado.

"Éuma reunião com agenda aberta, em que os deputados deverão colocartodas as questões, quer seja sobre a execução orçamental ou sobrea sétima revisão da 'troika' (Fundo Monetário Internacional,Comissão Europeia e Banco Central Europeu), mas também sobre asmatérias referentes às operações 'swaps' patrocinadas pelasempresas públicas", disse Duarte Pacheco.

VítorGaspar tinha já agendada uma deslocação ao parlamento, que tinhasido anteriormente adiada devido ao prolongamento da visitaextraordinária dos elementos da 'troika' (Fundo MonetárioInternacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) aPortugal.

OMinistério das Finanças indicou, na segunda-feira, que a análisesolicitada pelo Governo aos instrumentos financeiros subscritos porvárias empresas estatais revelou que há produtos comcaracterísticas "problemáticas", incorporando estruturas"altamente especulativas", acrescentando que estão arenegociar esses contratos com a banca.

"Concluiu-seque vários destes contratos têm características problemáticas pornão se tratarem de meros instrumentos de cobertura de risco['swaps'] e incorporarem estruturas altamente especulativas",lê-se no comunicado enviado pelo Ministério das Finanças.

Em causaestão cerca de 3 mil milhões de euros no perímetro das empresaspúblicas em responsabilidades potenciais por utilização deinstrumentos derivados.

AsFinanças salientam que estas operações foram contratadas antes daentrada em funções do atual Governo e que não foram celebradoscontratos deste género na vigência do atual executivo.

Redação