Economia

Professores "sem esperança" queixam-se de tudo estar pior

Centenas de professores estão, esta quarta-feira, a celebrar o Dia do Trabalhar na praça do Marquês de Pombal em Lisboa, mas muitos estão desempregados e confessam-se "sem esperança".

É o casode Marina Pires, professora do 1.º ciclo, que tem estado dedicada àsatividades extracurriculares das crianças enquanto não arranjacolocação na sua área.

"Estouaqui para lutar pelo nosso lugar na sociedade", disse aprofessora à agência Lusa, queixando-se de que esta é umaprofissão que "tem sido muito desvalorizada".

"Hámuitos professores no desemprego, há muitos sem colocação e emhorário zero", lamentou Marina, para quem "isto está aser complicado".

MarinaPires acredita que este ano ainda vai ser pior: "Já concorri,mas sem esperança".

Centenasde professores responderam hoje ao apelo da Federação Nacional daEducação (FNE), afiliada à UGT, para se juntarem à manifestaçãoda central sindical.

Osprofessores concentraram-se inicialmente frente ao Ministério daEducação "para deixar uma mensagem especial relativamente àresponsabilidade do país na preservação de uma escola pública dequalidade e para que não haja mais cortes na educação",adiantou à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.

Osprofessores estão preocupados, segundo o dirigente sindical, com "asameaças de cortes cegos na educação", pelo que se juntaram aoutros milhares de manifestantes na concentração do Dia doTrabalhador.

Redação