Economia

Projetos ibéricos precisam de maior comparticipação da UE

A União Europeia deve ter uma comparticipação maior para a conclusão dos projetos de corredores ferroviários e de interligações energética da Península Ibérica com o resto da Europa, disse à Lusa o ministro da Economia.

ÁlvaroSantos Pereira falava à Lusa, em Madrid, depois de participar nasessão de encerramento de um fórum empresarial organizado pelasduas entidades patronais ibéricas, a espanhola CEOE e a portuguesaCIP, por ocasião da XXVI Cimeira Luso-Espanhola, que decorreu nacapital espanhola.

"Querao nível do combate do desemprego jovem, quer dos grandes projetoseuropeus, nos grandes corredores ferroviários e nas interligaçõesda energia é fundamental que haja uma maior comparticipação porparte da UE", afirmou.

"Hámuitas áreas do nosso mercado interno (europeu) que não estãoainda a funcionar e a Península Ibérica neste campo, ao nível daferrovia e da energia ainda funciona como uma ilha, como há décadas.Temos que acabar com isto, se queremos acabar reforçar aconcorrência e a competitividade das economias", disse.

Ogovernante português, que participou no encontro empresarial com oministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo, Jose ManuelSoria, destacou que este é um ponto no qual os dois Governos mantêmposições comuns.

No campoenergético, questão que também foi debatida na cimeira destasegunda-feira, Santos Pereira destacou que Lisboa e Madrid consideram"importante que as interligações entre Espanha e Françaestejam concluídas até 2016 para aumentar a competitividade e aconcorrência no setor, baixando os custos energéticos" parafamílias e empresas.

Fundamentalé ainda a questão dos "grandes corredores ibéricos",tema que figura na declaração final da cimeira e que serádiscutido detalhadamente num encontro em Lisboa na próximasexta-feira.

"Éuma questão de termos posições conjuntas e percebermos que isto éuma questão de criação de emprego e de crescimento económico, queé o que interessa à Europa neste momento de crise", afirmou.

Oobjetivo, disse, é conseguir criar "verdadeiros corredores demercadorias" para que os portos nacionais se tornem maiscompetitivos e o uso da ferrovia nas exportações cresçasignificativamente.

Antes defalar à Lusa, perante dezenas de empresários ibéricos, SantosPereira insistiu que Portugal considera que o eixo ferroviárioatlântico, a partir de Sines e de Aveiro, se deve tornar numarealidade "o mais rapidamente possível" para "aumentaras exportações" portuguesas.

"Nãopodemos fazer investimento faraónicos, mas fazer bons investimentos,corrigir pendentes, eletrificar as linhas, criar grandes corredoresde competitividade. Espero nas próximas semanas e meses apresentarresultados concretos nesta matéria", afirmou.

Redação