Um bebé dado como morto à nascença "voltou à vida", três horas depois, na capela de um hospital brasileiro. A criança pontapeou a avó e abriu os olhos quando esta se preparava para a meter num caixão.
O corpo da recém-nascidaYasmin Gomes havia sido colocado numa pequena caixa deixada na capelade um hospital em Londrina, na zona sul do Brasil, porque aenfermeira se sentiu incapaz de a levar para a morgue. Esteve assimdurante três horas.
A avó, acompanhada por uma agente funerária, preparava-se parapegar no corpo, quando foi pontapeada numa das pernas. "Noinício, não acreditei, não conseguia acreditar no que estava aacontecer", contou a avó, Elza Silva, ao site do jornalbrasileiro Globo.
"Foi então, que vi que ela estava a respirar. Abraçamo-nose começamos a gritar: 'Ela está viva, ela está viva'. Foi ummilagre", contou Elza Silva.
"Sobrecarregada de felicidade" com toda a situação,Elza ligou à enfermeira: "Ela não queria acreditar, disse queeram apenas espasmos. Mas então, a bebé abriu os olhos."
A mãe, Jennifer, ficou em choque ao ver a enfermeira irromperpelo quarto a gritar: "A sua filha está viva".
"No início, não tive qualquer reacção, não sabia sequero que havia de pensar. Depois, comecei a sentir-me estranha. Mas nofim, não conseguia conter toda a felicidade que existia em mim",contou Jennifer.
Yasmin encontra-se internada, em estado grave, na Unidade deTerapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Sagrada Família, tambémem Londrina.
Registos hospitalares revelam que Yasmin nasceu com vida, estasegunda-feira, no Hospital Lincoln Graça. Porém, a criança deixoude respirar quando foi cortado o cordão umbilical. Foram realizadasvárias tentativas de reanimação mas, acabaria por ser declaradamorta, às 11 horas (15 horas em Portugal continental). A certidãode óbito, já estava emitida quando "ressuscitou".
A enfermeira que acompanhou o parto, Ana Cláudia Oliveira, afirmaque foi responsável pelo pedido que levou o corpo da bebé até àcapela do hospital, ao invés do procedimento habitual, impedindoassim que fosse directamente enviada para a morgue.
Foi também responsável por lavar e vestir Yasmin, que aparentavaestar morta: "Posso dizê-lo com toda a certeza, a criançaestava morta. As pupilas não respondiam à luz. Eu vi com os meuspróprios olhos. Era azul, completamente morta".