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França e Alemanha encerram embaixadas no Iémen

A França e a Alemanha anunciaram, após o alerta de eventuais atentados terroristas, o encerramento das respetivas embaixadas em Sanaa, capital do Iémen, no domingo e na segunda-feira.

A medida dos governos de Paris e de Berlim é divulgada um dia depois do Reino Unido também ter determinado o encerramento da sua representação diplomática no território iemenita.

"No âmbito da nossa avaliação contínua [dos riscos], temos informações sobre ameaças suficientemente sérias para decidir o encerramento da embaixada no domingo e na segunda-feira", indicou, em declarações à agência francesa AFP, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Se os níveis de ameaça persistirem, o mesmo representante admitiu que o governo de Paris poderá prolongar o encerramento da representação diplomática.

Também as autoridades alemãs informaram sobre o encerramento da representação diplomática do país na capital iemenita, alegando motivos de segurança. "A embaixada da Alemanha em Sanaa ficará encerrada no domingo e na segunda-feira por motivos de segurança", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, também citado pela AFP.

A decisão dos três países europeus ocorre depois de o Departamento de Estado dos Estados Unidos ter anunciado, na quinta-feira, ter dado instruções a várias embaixadas e consulados para permanecerem encerradas durante o dia de domingo, dia de trabalho normal nos países muçulmanos, devido a uma ameaça terrorista não especificada.

Entre os países visados estão Afeganistão, Arábia Saudita, Argélia, Bangladesh, Egito, Iémen, Iraque, Israel, Kuwait, Líbia e Turquia.

Um dia depois, Washington emitiu um alerta mundial a todos os seus cidadãos devido à ameaça de um ataque da al-Qaeda no Médio Oriente ou no Norte de África no mês de agosto.

No alerta aos cidadãos, em vigor até 31 de agosto, o Departamento de Estado advertiu para a "possibilidade de ataques terroristas, particularmente no Médio Oriente e no Norte de África" ou "na Península Arábica".

"A informação atual sugere que a al-Qaeda e organizações afiliadas continuam a planear ataques terroristas" e que os "esforços" para os realizar podem concentrar-se "no período entre agora e finais de agosto", indicou o mesmo texto, que alertava ainda os cidadãos norte-americanos para "a possibilidade de os terroristas atacarem os sistemas de transportes públicos e outras infraestruturas turísticas".

Redação