A Federação Nacional da Educação reiterou, esta segunda-feira, que está contra a realização da prova de acesso à carreira docente e admitiu apresentar o pedido de negociação suplementar ao Ministério da Educação.
"Nestareunião mantivemos a nossa posição de não compreender aexistência de uma prova entre uma formação inicial de ensinosuperior e o período de indução que os professores realizam quandocomeçam a suas atividades dentro das escolas", disse aosjornalistas o secretário-geral da FNE, João Dia da Silva.
A FNE foiuma das estruturas sindicais que esteve reunida, esta segunda-feira,com o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, JoãoGrancho, para mais uma ronda negocial sobre a prova de acesso àcarreira, criticado pelos docentes, sobretudo os que têm vínculomais precário.
João Diasda Silva adiantou que o Ministério da Educação e Ciência (MEC)decidiu terminar, esta segunda-feira, o processo negocial sobre estamatéria, mas para a FNE não ficam resolvidos "problemasessenciais", como garantir que "os professores no sistemaeducativo estejam definitivamente dispensados da realização de umaprova desta natureza".
Para aFNE, os professores que têm "servido o sistema educativo e quetem tido a classificação de bom não devem realizar esta prova edevem ser dispensados".
Nessesentido, João Dias da Silva defendeu que "a prova caia ou que,pelo menos, haja um número de professores que têm servido o sistemaeducativo não tenham que a realizar".
Osindicalista disse ainda que a FNE vai agora analisar as reuniõesmantidas com o MEC e vai decidir se apresenta ou não o pedido denegociação suplementar.
SegundoJoão Dias da Silva, o prazo para requerer negociação suplementartermina dentro de cinco dias úteis.
AFederação Nacional dos Professores (Fenprof) também referiu hojeque discorda da realização da prova e acusou o MEC de ter encerradoas negociações sem ouvir os professores, além de avançar comnovas medidas de luta para setembro.
No finaldas reuniões, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundáriomanifestou-se disponível para negociar com os sindicatos a prova deacesso à carreira, mas garantiu que a sua realização "nãoestá posta em causa".