Economia

Greve na Groundforce pode afetar alguns voos na quinta-feira

Os voos das companhias aéreas assistidas pela Groundforce podem sofrer atrasos na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da empresa de assistência em terra nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo.

O aeroporto de Lisboa deverá ser o mais afetado pela paralisação dos trabalhadores afetos ao Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que contesta os horários de trabalho a que são sujeitos os trabalhadores da Groundforce.

A ANA - Aeroportos de Portugal recomendou, esta quarta-feira, aos passageiros que confirmem os seus voos antes de se deslocarem para os aeroportos e que cheguem com maior antecedência do que a habitual.

Entre as companhias aéreas assistidas pelas Groundforce estão a TAP, a Air France, a British Airways, Emirates, Iberia, KLM, Lufthansa, Sata Internacional e a Vueling.

O SITAVA, um dos cinco sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce, defende que a adesão à greve dos trabalhadores da Groundforce no feriado de 15 de agosto "vai ser boa", admitindo "atrasos e eventualmente cancelamento de voos".

"Seguramente, a adesão [à greve na Groundforce] vai ser boa e isso vai provocar atrasos e eventualmente cancelamento de voos", afirmou à Lusa na terça-feira Fernando Henriques, do SITAVA, adiantando que ao protesto se deverão juntar trabalhadores afetos aos outros quatro sindicatos que ficaram de fora desta paralisação na empresa de serviços em terra de apoio ao transporte aéreo.

Mas fonte oficial da empresa adianta que apenas um dos cinco sindicatos entregou pré-aviso de greve, realçando que o apenas representa 30% dos trabalhadores sindicalizados, quando o SITAVA diz representar mais de metade dos trabalhadores sindicalizados da Groundforce.

"As razões são mais do que muitas para os trabalhadores irem para a luta e fazerem greve no próximo dia 15", declarou, apontando os extensos horários de trabalho como a principal queixa dos funcionários da empresa.

De acordo com Fernando Henriques, o problema "arrasta-se há alguns anos, mas tem piorado, porque a carga de trabalho tem-se intensificado com horários de 9 e 10 horas.

A Groundforce já garantiu que tudo fará para "mitigar os eventuais efeitos" da greve junto das companhias aéreas e dos passageiros nas várias escalas em que a Groundforce Portugal opera.

Redação