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Cameron e Obama prometem resposta contundente na Síria

Reuters

O primeiro-ministro britânico e o presidente dos EUA prometeram uma resposta contundente se for provado que o regime sírio de Bachar al Assad utilizou armas químicas contra o seu povo, informou, este domingo, o Governo do Reino Unido.

David Cameron e Barack Obama conversaram ao telefone durante 40 minutos, segundo um comunicado divulgado por Downing Street, o gabinete do primeiro-ministro britânico, acrescentando que os responsáveis políticos ordenaram a análise "de todas as opções" sobre a Síria.

A conversa decorreu depois de organizações humanitárias denunciarem a morte de centenas de pessoas num alegado ataque químico ocorrido na quarta-feira nos arredores de Damasco.

Segundo os Médicos Sem Fronteiras, desde quarta-feira, 355 pessoas morreram devido à utilização de "neurotóxicos".

Os dois líderes "estão gravemente preocupados com o ataque ocorrido em Damasco na quarta-feira e os sinais crescentes de que se tratou de um ataque com armamento químico levado a cabo pelo regime sírio contra a sua própria gente", disse o porta-voz do Governo britânico.

As autoridades sírias desmentiram imediatamente ter alguma responsabilidade no ataque.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu um "acesso imediato dos inspetores da ONU à área de Damasco", segundo o comunicado deste domingo do Governo britânico que acrescentou que "o facto do presidente Asad não ter cooperado com a ONU sugere que o regime tem alguma coisa a esconder".

Um alto comandante das forças armadas do Irão, principal aliado regional da Síria, advertiu hoje para "duras consequências" se Washington ultrapassar "a linha vermelha" na Síria, refere a agência Fars.

"Se os EUA ultrapassarem a linha vermelha, haverá duras consequências para a Casa Branca", disse o adjunto do chefe do estado-maior das forças armadas iranianas, comandante Massoud Jazayeri, em reação a uma eventual operação militar norte-americana na Síria.

O secretário da Defesa norte-americano Chuck Hagel disse que as forças norte-americanas estão prontas para atuar contra o regime sírio, mas sublinhou que Washington está a avaliar as suas opções, depois das informações de que a Síria teria utilizado armas químicas na região de Damas.

Desde março de 2011, quando começou o conflito armado na Síria, já morreram pelo menos 100 mil pessoas, segundo números da ONU.

Redação