Envolvida numa grave crise financeira, a BlackBerry fechou um acordo para ser vendida ao consórcio liderado pelo seu maior acionista, a Fairfax Financial Holdings, por 4,7 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros)
A Fairfax é liderada pelo investidor canadiano Prem Watsa que já detinha 10% da BlackBerry.
A BlackBerry anunciou, na sexta-feira passada, que vai despedir 4.500 trabalhadores, mais de um terço da sua força laboral, e que registou prejuízos de 995 milhões de dólares (737 milhões de euros) no segundo trimestre do ano.
Os despedimentos são parte do objetivo da fabricante de telemóveis BlackBerry em reduzir aproximadamente 50% dos gastos operacionais até finais do primeiro trimestre do ano fiscal de 2015.
A empresa canadiana acrescentou, num comunicado, que espera receitas de 1.600 milhões de dólares (1.185 milhões de euros) no segundo trimestre do ano fiscal, que acaba em março do próximo ano, com a venda de 3,7 milhões de telemóveis durante este período.
A operadora reconhecei as fracas vendas dos novos modelos de telemóveis inteligentes, que eram a sua aposta para o futuro da empresa.
A BlackBerry anunciou também uma mudança da sua estratégia empresarial, sendo que irá focar-se no mercado de empresas e consumidores profissionais, oferecendo soluções de ponta, incluindo hardware, software e serviços.
Além disso, anunciou uma redução da sua gama de telemóveis de seis para quatro, "incluindo dois aparelhos de gama alta e dois baratos".
Segundo a fabricante, depois do lançamento do modelo Z30 na quinta-feira, a empresa irá reposicionar o modelo Z10 para alargá-lo a um público mais vasto.
"Ao mesmo tempo, o comité especial do conselho de administração vai continuar a avaliar todas as alternativas estratégias da empresa", acrescentou.
O presidente da BlackBerry, Thorsten Heins, disse que a empresa vai avançar com "mudanças operacionais difíceis, mas necessárias" para responder a um setor "mais maduro e competitivo".