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Republicanos querem "reabrir" Estado federal norte-americano por fases

Os republicanos da Câmara dos Representantes norte-americana querem votar mini-leis das finanças para reabrir as agências governamentais uma a uma, indicaram os deputados hoje, primeiro dia de paralisação do Estado federal.

O deputado Peter King anunciou no final de uma reunião à porta fechada do grupo parlamentar republicano que três medidas deverão ser submetidas a votação a partir de hoje, por forma a pôr fim à paralisação nos parques, museus e monumentos nacionais, no departamento dedicado aos ex-combatentes, e para financiar as operações do District of Columbia, a capital Washington, que não tem autonomia orçamental.

"Isso não faz mal, mantém a pressão, mas no final de contas, é necessária uma lei de finanças total", declarou.

"Aqueles que enfrentaram os nazis e os japoneses durante a Segunda Guerra Mundial não deveriam ficar impedidos de se dirigirem ao monumento da Segunda Guerra Mundial (em Washington). Um grupo de colegas republicanos manifestou-se para dizer que não há razão legítima para os impedir de lá ir, e vamos tentar proceder bocado a bocado contra os absurdos desta administração", explicou o representante Scott Garrett.

Os democratas reagiram com circunspeção: "Há muitas agências a reabrir, e eu sugiro que as reabramos todas", disse o democrata Richard Durbin.

A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, reclamava, paralelamente ao Senado, dominado pelos democratas, a convocação do equivalente a uma comissão mista paritária, composta igualmente por senadores e representantes, para obter um compromisso com vista a financiar o Estado Federal durante algumas semanas.

Mas o Senado rejeitou hoje este pedido, considerando os democratas que se tratava de uma manobra dilatória e exigindo, em vez disso, a adoção rápida de um projeto de lei de finanças simples de seis semanas.

Os Estados Unidos iniciaram o dia de hoje, no início de um novo ano fiscal, com os serviços da administração federal parcialmente paralisados pela primeira vez em 17 anos, situação que obrigou 800 mil funcionários públicos a ficarem em casa e ao encerramento, por exemplo, de museus e parques nacionais.

Redação