Militares e polícias moçambicanos trocaram tiros, esta terça-feira de madrugada, com ex-guerrilheios da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) na comunidade de Navevene, na província de Nampula, no norte de Moçambique, afirmou fonte policial à agência Lusa.
Oporta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula,Miguel Martolomeu, confirmou a ocorrência à agência Lusa,afirmando que "não se tratou de um ataque dos homens da Renamoà população e nem a uma unidade das Forças de Defesa eSegurança".
"Asforças governamentais foram desativar uma localização dos agentesda segurança [do líder da Renamo] Afonso Dhlakama, que guarneciam aresidência dele até ao ataque a Sadjunjira e que depois se puseramem fuga", afirmou.
Oporta-voz precisou que "houve troca de tiros mas sem óbito"e explicou que "as Forças de Defesa e Segurança foram comintuito de desativar e imobilizar os homens armados da Renamo que jáameaçavam as comunidades", seguindo uma informação de"denúncias populares".
MiguelBartolomeu disse ainda que para tornar ajudar o trabalho das Forçasde Defesa e Segurança, a Polícia de Investigação Criminalsolicitou esta manhã a colaboração do delegado políticoprovincial interino da Renamo em Nampula, Pinoca Luxo, para seremlocalizados os ex-guerrilheiros da Renamo.
A imprensanacional noticiou a detenção de Pinoca, chefe da Bancada da Renamona Assembleia Provincial de Nampula, facto refutado pelo porta-voz daPRM em Nampula, que garantiu que "o senhor Pinoca não estádetido nas celas da PRM, apenas foi solicitado para daresclarecimentos e informações".
Acomunidade de Navevene fica localizado em Mutivaze, distrito deRapale, na província de Nampula. Uma escola local do nível básicofoi forçada a encerrar as portas desde a chegada dos homens armadosda Renamo à região, numa data que a PRM não consegue precisar.
Moçambiquevive o momento mais tenso desde a assinatura do Acordo Geral de Paz,em 1992, na sequência de divergências entre a Renamo e o Governo daFrelimo, partido no poder, sobre a lei eleitoral.