Economia

PSD defende que cortes salariais são "transitórios e anualizados"

O porta-voz do PSD defendeu, esta quarta-feira, que os cortes salariais no setor público são "transitórios e anualizados", porque estão inscritos na lei orçamental, e que em cada ano terá de ser tomada uma decisão sobre esta matéria.

MarcoAntónio Costa assumiu esta posição no final de um encontro com aUGT, na sede desta central sindical, em Lisboa, depois de questionadopela comunicação social sobre a ideia de que o relatório do FundoMonetário Internacional (FMI) hoje divulgado assume esses cortescomo permanentes.

"Temosa interpretação que está apresentada no Relatório do Orçamentodo Estado", contrapôs o coordenador e porta-voz da direçãonacional do PSD, referindo que nas páginas 49 e 50 desse documentodo Governo "está expresso que se trata de cortes transitóriose anualizados".

"Porisso é que estão numa lei orçamental. A lei orçamental vigoradurante o ano respetivo. Portanto, essa é uma decisão que em cadaano terá de ser tomada", completou.

Sem sepronunciar sobre nenhum ponto em concreto do relatório do FMIdivulgado esta quarta-feira, o dirigente nacional social-democrataafirmou que o PSD vai analisar esse documento "com toda aprofundidade", como faz com todos os outros relatórios, edepois tomará decisões com base "na conjugação das opiniões"que tiver recolhido.

MarcoAntónio Costa disse que "quem decide o futuro do país são osportugueses e os órgãos próprios do país" e relativizou aimportância do relatório do FMI sobre as oitava e nona avaliaçõesda execução do Programa de Assistência Económica e Financeira aPortugal.

"Nósjá tivemos vários relatórios do FMI que suscitaram muito debate nasociedade portuguesa, e aquilo que tem acontecido é que o próprioGoverno e a própria sociedade portuguesa, através dos seus agentespolíticos, têm encontrado o seu próprio caminho", considerou.

Redação