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Espanha libertou crianças retidas por grupo para obrigar as mães a prostituir-se

A Polícia Nacional espanhola anunciou, esta quinta-feira, que deteve três pessoas de origem nigeriana que mantinham duas crianças sequestradas, desnutridas, medicadas e atadas, para obrigar as suas mães a prostituir-se. Veja o vídeo.

Em comunicado, a Polícia Nacional explica que a operação, que decorreu na localidade de Valmojado (Toledo), permitiu libertar cinco outras mulheres retidas nessa vila e nas cidades de Córdoba e Vigo.

Entre os detidos, em prisão preventiva, está um casal de cerca de 40 anos, segundo informou o diretor-geral da Polícia, Ignacio Cosidó, o inspetor chefe do Centro de Informação de Análise de Riscos (CIAR), José Neto, e o comissário chefe da Unidade Central de Redes de Imigração Ilegal e Falsificação de Documentos UCRIF), José María Moreno.

A intervenção policial decorreu em agosto mas só foi dada a conhecer esta quinta-feira porque o juiz do caso decretou segredo de justiça.

Depois de vários meses de investigação, a polícia conseguiu encontrar as mães das duas crianças, no norte de França, onde estavam a exercer a prostituição obrigadas pela rede que as tinha captado na Nigéria.

Os meninos sequestrados, de cerca de três anos, eram submetidos a insultos, humilhações, estavam atados a móveis e eram medicados para que não chorassem e assim não incomodarem o casal que os tinha retidos.

Quando a polícia os encontrou, refere o comunicado, as crianças estavam sedadas, num "lamentável estado de higiene e desnutrição", segundo explicou o inspetor Neto.

"Não há delito mais execrável que o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual. E neste caso, de especial brutalidade e crueldade, com o sequestro dos filhos das vítimas", disse Ignacio Cosidó.

Redação