A administração dos CTT acredita que todas as lojas vão estar abertas, esta sexta-feira, porque a greve dos trabalhadores "não terá grande adesão", contrariando os números avançados pelo sindicato que apontam para uma mobilização de 83%.
Emboraainda sem dados concretos relativamente ao número de trabalhadoresparalisados durante a madrugada desta sexta-feira, fonte oficial daempresa afirmou à Lusa que os valores avançados pelo SindicatoNacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações "estãolonge da verdade".
De acordocom a mesma fonte, os trabalhadores estão a chegar às lojas para asabrir e a distribuição do correio está a ser feita.
"Anossa convicção é que todas as lojas vão estar abertas e que oserviço de correio vai ser feito sem grandes perturbações",referiu, acrescentando que "a greve não vai terá grandeadesão".
Osindicato dos trabalhadores dos Correios e Telecomunicaçõesanunciou que a adesão à greve durante o turno da noite chegou aos83%, tendo garantido tratar-se de uma das mais elevadas adesões dosúltimos anos.
Na noitepassada, a polícia foi chamada a intervir no centro de distribuiçãodos CTT em Cabo Ruivo, Lisboa, para permitir a saída dos primeirosquatro camiões depois do início da greve na empresa.
Ostrabalhadores, que receiam a destruição da empresa com aprivatização, criticam a atuação do Corpo de Intervenção daPSP, que acusam de "carregar de forma vergonhosa" sobre opiquete de greve e de outras organizações que se encontravam nolocal.
Questionadosobre os incidentes, a fonte oficial dos CTT escusou-se a fazerquaisquer comentários.
Ostrabalhadores dos CTT de todo o país vão reunir-se, estasexta-feira, em plenário pelas 14.30 horas na Praça dosRestauradores, em Lisboa, para decidirem a continuação do protesto.
Cerca das15 horas, vão dirigir-se em manifestação até ao Ministério dasFinanças.
Umadelegação do sindicato irá ainda entregar na Assembleia daRepública "uns largos milhares de postais" a exigir a nãoprivatização da empresa, assinados por cidadãos de todo o país.
Osindicato anunciou ainda, em comunicado, que às 17 horas terá umadelegação a reunir-se com a ministra das Finanças, Maria LuísAlbuquerque, em que defenderá as posições de oposição ao negóciode venda dos CTT.
A grevedos CTT foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dosCorreios e Telecomunicações para protestar contra a privatizaçãoda empresa.