O presidente da TAP afirmou,esta terça-feira, que a companhia aérea pode ser multada por ter transportado da Guiné-Bissau 74 passageiros com passaportes falsos, mas avançou que, se isso vier a acontecer, a empresa vai recorrer.
"Todaa empresa aérea que faz o transporte de passageiros que não podemser admitidos noutro país é multada e tem a responsabilidade doscustos de transporte de retorno desses passageiros e da permanênciadeles no país", afirmou Fernando Pinto, durante um encontro comos jornalistas, em Lisboa.
Opresidente da TAP disse que o transporte dos 74 passageiros compassaportes falsos "é um pouco diferente, porque são pessoasque estão a pedir asilo político e terá um tratamento diferente",sublinhando, contudo, ser uma "preocupação" para acompanhia.
FernandoPinto afirmou que, se for multada, a TAP vai recorrer, porque "foium caso muito especial, muito diferente, não foi uma falha deverificação de documentos que a empresa teve".
"Pelocontrário, a empresa detetou a falha, detetou o problema, não iaembarcar os passageiros, mas foi obrigada a fazê-lo",justificou, acrescentando não ter o eventual valor da multa.
No dia 11de dezembro, a TAP anunciou a suspensão da operação para Bissau"perante a grave quebra de segurança ocorrida" no embarquede um voo para Lisboa, que implicou o transporte de 74 passageiroscom passaportes falsos.
Estaterça-feira, Fernando Pinto disse que os voos para a Guiné-Bissauestão cancelados e que a companhia não tem planos para voltar avoar para este destino.