O misterioso desaparecimento de um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo não terá sido causado por um ataque terrorista, disse, esta terça-feira, a Interpol, depois de revelações de que dois passageiros utilizaram passaportes europeus falsos.
"Quanto mais informação temos, mais somos levados a concluir que não foi um incidente terrorista", declarou o secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, aos jornalistas.
Noble referiu declarações da polícia da Malásia de que um dos dois passageiros suspeitos era um imigrante ilegal iraniano de 19 anos.
"Se ler o que o chefe da polícia da Malásia disse recentemente sobre o jovem de 19 anos ... que queria viajar para Frankfurt, na Alemanha, para ficar com a mãe, trata-se de um problema de tráfico de seres humanos e não de uma questão terrorista", disse Noble.
O avião tinha como destino Pequim e o iraniano pretenderia chegar a Frankfurt através da capital chinesa. O destino final de um segundo bilhete era Copenhaga, de acordo com documentos vistos pela agência France Presse.
Noble referiu que os dois passageiros com passaportes roubados, um austríaco e outro italiano, são dois iranianos que viajaram de Doha para Kuala Lumpur com os seus passaportes iranianos e só utilizaram os europeus quando embarcaram na Malásia.
De acordo com os nomes nos passaportes iranianos, os passageiros em causa são Pouri Nour Mohammad, 19 anos, e Delavar Seyed Mohammad Reza, 30, indicou a Interpol.
As autoridades duplicaram o seu raio de busca à volta do ponto onde o avião desapareceu do radar sobre o Mar do Sul da China no sábado.
O Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, cujo voo MH370 fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu sem que tenha sido enviado qualquer pedido de ajuda, disseram as autoridades.