Portugal é um dos países europeus com maior esperança média de vida, mas com um desemprego de longa duração e abandono escolar precoce mais elevados, revela, esta quarta-feira, um estudo do Eurostat sobre qualidade de vida.
Este boletim do gabinete de estatísticas comunitário que analisa indicadores de qualidade de vida na União Europeia, com dados essencialmente de 2012, é publicado por ocasião do Dia Internacional da Felicidade, instituído pelas Nações Unidas e celebrado na quinta-feira, 20 de março.
Além do Produto Interno Bruto (PIB) "per capita", tradicionalmente utilizado para medir o desenvolvimento económico e social, o Eurostat avalia oito outras dimensões: as condições materiais, atividade laboral ou produtiva, índices de saúde, educação, lazer ou atividades sociais, segurança económica e física, governação e direitos, condições de vida e de natureza.
O PIB português em paridades de poder de compra está abaixo da média europeia, de 25,5, com 19,4, apesar de, por exemplo, apenas 35,9% dos inquiridos dizerem não ter possibilidades para fazer frente a despesas inesperadas, à frente de países como o Reino Unido (42,9%), a Itália (42,5%) ou a Espanha (42,1%), que possuem índices de riqueza 'per capita' superiores ao português.
A esperança média de vida em Portugal é de 80,6 anos, ligeiramente acima dos 80,3 anos verificados em termos médios a nível europeu, enquanto a Espanha é o país com o valor mais elevado: 82,5 anos.
Já no abandono escolar precoce, Portugal está bastante acima da média europeia (12,7%), com 20,8%, sendo a Croácia o Estado-membro com menor taxa de abandono (4,2%) e Espanha com a maior (24,9%).
Também no desemprego de longo prazo, Portugal, com 7,7%, se mantém acima da média dos 28 países (4,7%), sendo a Grécia o país com a taxa mais alta (14,4%) e a Áustria com a mais baixa (1,1%).
Em relação, por exemplo, à taxa de homicídios, um dos indicadores de segurança, Portugal está em linha com a média europeia (1,1%), numa tabela que, neste aspeto, é liderada pela Lituânia, com 6,7%.